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- Novas abordagens terapêuticas para a doença de AlzheimerPublication . Baptista, Joana dos Santos; Serralheiro, Ana Isabel AzevedoA doença de Alzheimer é uma das formas de demência mais comuns, representando cerca de 60 a 80% dos casos, tendo constituído a 7ª principal causa de morte em 2016, de acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico. De facto, a par de um envelhecimento continuado da população, assiste-se a um aumento gradual da prevalência da doença de Alzheimer, assumindo atualmente o carácter de uma “epidemia” a nível mundial. Neste contexto, afigura-se importante o desenvolvimento de novos fármacos modificadores da doença, de modo a evitar que esta atinja estadios mais graves que afetem de forma determinante a vida social e as capacidades cognitivas do doente. Esta doença caracteriza-se pela presença de marcadores patológicos específicos, nomeadamente, emaranhados neurofibrilares de proteína tau fosforilada e por placas senis compostas de proteína β amilóide, que conduzem à consequente neurodegeneração. A perda significativa e progressiva de neurónios está na base do desenvolvimento da doença cuja manifestação clínica se traduz no aparecimento dos primeiros sintomas, como a perda de memória e a incapacidade de realizar as atividades quotidianas. Os últimos anos têm sido ricos no que concerne à realização de ensaios clínicos na área farmacoterapêutica da doença de Alzheimer, dos quais resultaram a aprovação de cinco fármacos para o tratamento sintomático da doença: quatro inibidores da acetilcolinesterase (tacrina, donezepilo, rivastigmina e galantamina) e, mais recentemente, um antagonista do recetor N-metil-D-aspartato (memantina). Porém, têm também existido resultados muito desanimadores, uma vez que muitos ensaios, na sua maioria de fase II/III, foram necessariamente interrompidos devido à ocorrência de efeitos adversos graves ou por falta de evidência de efetividade. Neste contexto, é providencial a descoberta de novas moléculas, assim como de novos alvos terapêuticos que sejam efetivos para o tratamento da doença, mas para isso é necessário ter um maior conhecimento e compreensão da sua fisiopatologia.