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- Corporate governance e a performance económico-financeira: a indústria automóvel na EuropaPublication . Jesus, Catarina Alexandra Conceição; Cardoso, Fernando Manuel Félix; Ferreira, Eugénia Maria Dores MaiaA presente dissertação tem como objetivo analisar a relação existente entre o Corporate Governance (CG) e a performance económico-financeira das empresas. Para tal, foi estudado o setor automóvel na Europa, nos anos de 2013, 2015 e 2017, partindo de uma amostra inicialmente composta por 23 empresas cotadas, de acordo com Damodaran (2018). Para o estudo em causa, recorreu-se às informações constantes nos relatórios publicados pelas empresas, permitindo a construção de uma base de dados, indispensável quer para a análise de Corporate Governance quer para a de performance. Para avaliar o nível de Governance das empresas foi utilizado um índice compósito de quatro variáveis fundamentais – Conselho de Administração e Fiscal, Estrutura de Capital, Relação com Stakeholders, Transparência e Responsabilidade – decompostas em diversos atributos, adaptado de Cardoso (2015). No que diz respeito à performance, à semelhante de estudos relevantes sobre esta temática, foram utilizadas as variáveis: Rendibilidade do Ativo (ROA); Rendibilidade do Capital Próprio (RCP); Tamanho e Dívida/Capital Próprio (D/E). Com recurso ao modelo HJ-biplot (Galindo, 1986), foi efetuada uma análise multivariada, que permitiu estudar as relações entre as variáveis, entre os indivíduos e entre as variáveis e os indivíduos, cumprindo assim o propósito do estudo. Os resultados sugerem que empresas grandes têm elevados níveis de Corporate Governance, em todas as suas variáveis. Já empresas muito endividadas demonstram mais preocupações com o Conselho, negligenciado a relação com os stakeholders. Quando a Rentabilidade do Capital Próprio é elevada, as empresas são mais transparentes e cuidam da relação com stakeholders. Já quando a Rentabilidade do Ativo é alta estas dão especial atenção à relação com os seus stakeholders e descuidam aspetos relacionados com o Conselho.
- O design na tecelagem tradicional: o contributo do design de comunicação para a criação de novos produtos contemporâneosPublication . Sanita, Maria Margarida dos Santos; Lacerda, AntónioO presente estudo, acerca do projeto denominado DLUSA, de design de tapetes e tapeçarias, executados em tecelagem tradicional, na técnica do ponto de nó (Beiriz), busca a sua inspiração nos grafismos das platibandas decoradas de casas tradicionais algarvias. A responsabilidade do designer, na vertente ecológica do projeto, focou-se em escolher matérias-primas biodegradáveis, dando primazia à pura lã, minimizando desta forma a pegada ecológica. Nas criações das tapeçarias predominam as cores da arquitetura mediterrânica e também a decoração geométrica de raiz vernacular. Estas representações visam confrontar as características do desenho tradicional como linguagem, no percurso que nos conduz ao design como dimensão cognitiva, indo mais além que a criação de “meros” objetos estéticos. Assim, o designer pretende qualificar o desenho tradicional e transformá-lo em novas manifestações artísticas que traduzem uma nova linguagem visual e dinâmica cultural, através da criação de coleções de tapeçarias com base em elementos ligados à cultura tradicional, usando uma metodologia projetual segundo Bruno Munari. Perante a experiência estética das peças, o fruidor, através da memória e perceção visual, desencadeia mapas mentais. São essas memórias e vivências de lugares que aproximam pessoas a territórios onde as sensações e as ligações a elementos culturais, existentes nestas criações com história, permitem interpretações múltiplas. Este processo de diálogos entre percepções, reações e interceções revela experiências aprimoradas que vão determinar a fiabilidade das peças tecidas, sensibilizando e despertando o público-alvo a contribuir para a preservação e promoção do património cultural popular e a compreender um conhecimento ancestral, valorizando a cultura e as tradições regionais, através da apresentação da resignificação dos símbolos culturais em que tanto o designer como o fruidor surgem como modificadores de contextos. Numa sociedade massificada é fulcral devolver coesão às comunidades, preservando a identidade cultural de um território: esse cunho que nos distingue dos demais.