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- Biomarcadores farmacogenómicos como fonte de evidência para a efetividade e segurança na terapêutica da depressãoPublication . Correia, Catarina Augusta Rodrigues; Advinha, Ana Margarida MolhinhoIntrodução: A depressão é uma doença mental comum e debilitante, cuja prevalência tem vindo a aumentar nos últimos anos. Embora não se conheça totalmente a sua fisiopatologia, existem algumas hipóteses que permitem explicar, em parte, como é que esta doença se desenvolve. O tratamento da depressão conta com diversas alternativas, nomeadamente fármacos, os quais atuam de formas distintas, mas que têm como finalidade comum atingir a remissão da doença. A terapêutica farmacológica apresenta, muitas vezes, efeitos adversos ou falta de efetividade, o que pode culminar na não adesão à medicação por parte dos doentes ou até mesmo em toxicidade, antes de atingida a remissão. Assim, torna-se importante garantir a efetividade e a segurança da terapêutica antidepressiva em cada doente, podendo isso ser efetuado a partir da identificação de biomarcadores farmacogenómicos que permitam prever a resposta ao antidepressivo, prevenindo tanto a ocorrência de alguns efeitos adversos, como a toxicidade ou a falta de efetividade. Método: O trabalho desenvolveu-se em duas fases: i) a pesquisa de biomarcadores farmacogenómicos nos resumos das características dos medicamentos (RCM) antidepressivos com autorização de introdução no mercado em Portugal; e ii) a realização de uma revisão sistemática da literatura (RSL) com base nos dados obtidos na primeira fase, cujo o objetivo foi procurar estudos disponíveis na literatura internacional, que descrevessem e caracterizassem, tanto os biomarcadores encontrados nos RCM, como outros potencialmente relevantes. No final, procedeu-se à classificação dos níveis de evidência e dos graus de recomendação para cada estudo identificado. Resultados: Dos 26 fármacos com RCM em Portugal, apenas 16 continham informação farmacogenómica. O biomarcador farmacogenómico mais vezes identificado foi o CYP2D6, seguido do CYP3A4. Estes resultados foram apoiados, em parte, pela RSL, que apresentou um maior número de estudos para o CYP2D6, seguido do CYP2C19. A RSL revelou também a existência outros biomarcadores relevantes, especialmente no caso da fluoxetina e da venlafaxina. Por fim, quanto ao nível de evidência e grau de recomendação, concluiu-se que a maioria dos estudos apresentam um bom nível de evidência, o que assegura a confiabilidade e consequentemente um bom grau de recomendação. Quanto à base de dados, os resultados obtidos foram meramente informativos, não resultando em nenhuma recomendação específica. Conclusão: A maior parte das variantes farmacogenómicas não são estudadas ou reconhecidas pelos testes genéticos e precisam ainda de alguma investigação científica que comprove a sua utilidade. Assim, apenas um pequeno número de variantes é considerado aquando da prescrição de medicamentos antidepressivos. Além disso, a genotipagem do doente não é uma prática clínica comum, sendo por isso necessário um maior investimento na formação dos profissionais de saúde, no que a este assunto diz respeito.
- Sustainability opportunities for Mediterranean Food Products through new formulations based on carob flour (Ceratonia siliqua L.)Publication . Issaoui, Manel; Flamini, Guido; Delgado, AméliaCarob flour is increasingly popular in innovative functional foods. Its main producers are Mediterranean countries, facing health and nutrition challenges, and difficulties in tackling climate change. This study aims at formulating innovative sustainable bakery products of high nutritional value while pleasing the consumer and addressing regional challenges. Hence, carob flour was obtained by grinding sun-dried carob pods, thus reducing the environmental impact, and preserving carob’s high nutraceutical value. Different bread formulations resulted from the blend of wheat flour with carob pulp (5, 10, 20, and 30%) and/or seed powder (5 and 10%), with no added fats, additives, or processing aids. New products were evaluated for their textural, chromatic, nutritional, aromatic, and hedonic properties. Carob is rich in aroma, antioxidants, and prebiotic fibers, and does not contain gluten, so when combined with wheat, the proportion of gluten in bread is reduced. Carob is also rich in minerals (4.16% and 2.00% ash, respectively in seed and pulp), and breadmaking seems to generate lesser furane derivatives than in white bread. In short, carob is typically Mediterranean and is a valuable local resource in the formulation of sustainable foods with high nutritional value, low carbon footprint, safe, healthy, tasty, and affordable, all at once.