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- Enhancing agriculture monitoring through anomaly detection of iot sensor dataPublication . Maia, André Miranda; Cardoso, Pedro Jorge Sequeira; Semião, Jorge Filipe Leal CostaEste trabalho propõe um aprimoramento no monitoramento agrícola por meio da detecção de anomalias utilizando dados de sensores IoT, aplicados especificamente em plantações de citros. O projeto investiga a integração de redes de sensores e técnicas de aprendizado de máquina para monitorar variáveis ambientais críticas, como evapotranspiração e a resistência interna do tronco das plantas. Ao incorporar dados meteorológicos da IPMA e de sensores instalados diretamente nas árvores, foi desenvolvido um sistema de monitoramento com o objetivo de detectar anomalias no uso da água e identificar reações anômalas das plantas em meio a condições ambientais adversas. Este sistema está atualmente em fase de coleta intensiva de dados, sendo que, no futuro, esses dados serão utilizados para retreinar os algoritmos de aprendizado de máquina, otimizando os processos de irrigação e minimizando o desperdício de recursos hídricos. Uma parte central do projeto foi a criação de um dashboard interativo, projetado para facilitar o acesso em tempo real às informações coletadas e processadas. Esse dashboard exibe dados ambientais e agrícolas, incluindo indicadores chave como evapotranspiração e consumo de água, fornecendo insights valiosos para os agricultores. O dashboard foi desenvolvido com tecnologias modernas de visualização de dados, permitindo personalização por localização geográfica e condições climáticas, e oferecendo uma plataforma prática para o gerenciamento de operações agrícolas em diversas regiões de Portugal. Os resultados preliminares indicam que o uso de algoritmos de detecção de anomalias é promissor para entender os padrões e as reações das árvores cítricas diante de mudanças climáticas, demonstrando potencial significativo para melhorar a eficiência no manejo da irrigação. Esse avanço pode representar uma contribuição importante para a sustentabilidade das operações agrícolas, reduzindo o desperdício de água e aumentando a resiliência das plantações em face das condições ambientais variáveis.
- Síntese de bisindolilmetanos via reações de ciclo-adição hetero Diels-Alder e as suas aplicações biológicas como antimicóticosPublication . Domingos, João Manuel Lopes; Lemos, Américo; Quintas, CéliaOs derivados indólicos associam-se a uma classe de alcalóides bioativos, caracterizados por apresentarem uma estrutura simples, baixa toxicidade e propriedades biológicas e farmacológicas de interesse, tais como antibacterianas, anticancerígenas, antioxidantes e anti-inflamatórias. Entre os diversos derivados, os bisindolilmetanos (BIMs) são compostos cujas origens na natureza predominam como agentes metabólitos bioativos, encontrados em ambiente terrestre e marinho, presentes em determinadas plantas e esponjas. A nível clínico, exibem uma extensa aplicação, como antibióticos contra uma diversidade de diferentes espécies (Vibrindole A) e anticancerígeno (Trisindolina). Nos últimos anos, tem-se descoberto novos BIMs que apresentam atividade antimicrobiana prometedora, podendo assim ser considerados como potenciais novos fármacos. O uso prolongado de determinados antifúngicos azólicos, em que está incluído o fluconazole, podem conduzir ao desenvolvimento de resistências em leveduras patogénicas, sendo necessário que se recorra a uma terapia combinada como forma de potencialmente superar esta inconveniência. Logo, investigações que possam conduzir a novos compostos que consigam eficazmente produzir uma atividade terapêutica sem que surjam problemas relacionados com resistência medicamentosa ou com reações adversas muito comuns entre eles, são cruciais. Presentemente, as vias de síntese mais prevalentes envolvem a reação de indoles com vários compostos carbonílicos ou equivalentes, catalisada por ácidos ou metais. Recentemente, a reações de ciclo-adição hetero-Diels-Alder, baseadas na dupla e consecutiva interseção de azo- e nitroso- alcenos conjugados com indoles provou ser uma alternativa de síntese versátil e de larga aplicação na preparação de BIMs. O objetivo desta monografia foi investigar a capacidade antimicótica de BIMs sintetizados, no âmbito deste estudo, com base em reações de ciclo-adição hetero-Diels-Alder. Assim os BIMs obtidos foram aplicados em ensaios biológicos, e comparada a sua eficácia contra três espécies de leveduras, Candida albicans (ATCC 90028 e 10231), Cryptococcus neoformans (YPO 186) e Saccharomyces cerevisiae (PYCC 3507) e três antimicóticos utilizados no tratamento de patologias originadas por estas leveduras (Anfotericina B, Nistatina e Fluconazole).
- Há um monstro no escuro: o impacto do viés de interpretação na perceção infantil do medo do escuroPublication . Gomes, Alícia Gabriela Francês; Martins, Ana Teresa; Faísca, LuísO medo do escuro é um fenómeno comum na infância, mas em alguns casos pode tornar-se atípico e persistente, influenciando negativamente o bem-estar das crianças. Vários fatores cognitivos têm sido sugeridos como possíveis explicações para a manutenção deste medo, sendo o viés de interpretação – a tendência para interpretar situações ambíguas como ameaçadoras – um dos mais relevantes. A literatura aponta que crianças com medos excessivos, incluindo o medo do escuro, podem apresentar uma maior predisposição para interpretar estímulos ambíguos de forma negativa, o que pode perpetuar os seus receios. Contudo, a relação entre o viés de interpretação e o medo do escuro em particular, assim como o medo generalizado, permanece pouco clara e carece de investigação mais aprofundada. Neste contexto, avaliámos 84 crianças dos 7 aos 10 anos de idade, utilizando instrumentos de autorrelato e tarefas de desempenho baseadas em histórias ambíguas, com o objetivo de analisar a relação entre o viés de interpretação, o medo do escuro e o medo geral. Os resultados mostraram uma alta prevalência do medo do escuro, com diferenças significativas entre géneros, com as meninas a relatar mais frequentemente este medo. O medo do escuro ocorre mais frequentemente em casa e quando as crianças estão sozinhas. Por fim, não encontrámos evidências consistentes de que o viés de interpretação tenha uma influência significativa no medo do escuro. Estes resultados sugerem a necessidade de investigações adicionais para esclarecer as condições sob as quais o viés de interpretação pode afetar o medo, assim como o papel potencial de outros fatores cognitivos e emocionais no desenvolvimento de medos na infância.
- Suscetibilidade às memórias falsas: a influência da valência e arousal do estímulo e da mentalizaçãoPublication . Lopes, Katiane; Martins , Ana Teresa; Faísca, LuísOs estudos sobre a memória sugerem que, perante eventos negativos, há uma maior incidência de falsas memórias relacionadas a detalhes periféricos. Paralelamente, têm sido investigadas variáveis individuais pouco estudadas que aumentam a suscetibilidade à desinformação como é o caso da capacidade de mentalização. Algumas evidências sugerem que a ativação da mentalização pode atuar como um fator protetor contra a formação de memórias falsas ainda que este resultado seja pouco consistente entre estudos. Neste contexto, fomos explorar o impacto da valência emocional, do nível de arousal e da localização do detalhe (central ou periférico) na produção de falsas memórias, bem como a relação entre a capacidade de mentalização e a vulnerabilidade às memórias falsas. Para o efeito, foram avaliados 67 indivíduos, com idades entre os 18 e os 51 anos, num paradigma de desinformação. Os participantes foram expostos a seis tipos de fotografias com valência positiva, negativa ou neutra, e com níveis diferentes de arousal, sendo depois submetidos à desinformação. Foi administrado um teste de reconhecimento para avaliar a memória de detalhes centrais e periféricos, tanto corretos como falsos. Os resultados mostraram que, na presença de desinformação e com alto nível de arousal, as imagens negativas aumentam a predisposição dos participantes para aceitarem a desinformação, independentemente da centralidade do detalhe. Em contraste, as imagens positivas reduzem essa aceitação. Quando o nível de arousal é baixo, as imagens negativas aumentam a aceitação da desinformação para detalhes periféricos, mas não para os centrais. Não foram encontrados resultados significativos relativamente à associação entre a mentalização e a produção de falsas memórias. No geral, os nossos resultados fornecem um pequeno contributo para a compreensão da influência significativa da valência emocional e do arousal na formação de falsas memórias.
