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- Otimização da composição nutricional do meio de crescimento de microalgasPublication . Ornelas, Beatriz; Raposo, Sara; Constantino, AnaOs organismos marinhos são conhecidos por produzirem uma grande diversidade de compostos com aplicabilidades na área da medicina, cosmética, indústria agroalimentar, biocombustíveis e aquacultura, principalmente por estarem sujeitos a condições físicas e químicas diferentes. As microalgas são um dos recursos de eleição, devido à capacidade de operarem em autotrofia, heterotrofia ou mixotrofia. O objetivo deste estudo foi otimizar a composição nutricional do meio ALGAL e do meio TAP, de forma a maximizar o rendimento e a produtividade de biomassa das microalgas Tetraselmis sp. CTP4 e Chlorella sorokiniana. Para a otimização do meio ALGAL utilizou-se a glucose como fonte de carbono, foram testadas três concentrações. O carbono é um nutriente vital para o desenvolvimento da microalga, para além de ser o seu principal constituinte é também a sua fonte de energia, e em alguns casos a sua limitação pode inibir ou estimular a produtividade da estirpe em estudo. A otimização do meio TAP dividiu-se em duas fases, na primeira otimizou-se a concentração de fósforo e na segunda a concentração de enxofre. O fósforo é um elemento que desempenha um papel importante na produção lipídica e proteica. E o enxofre está presente no processo de divisão celular e no metabolismo proteico, além de ser um elemento estrutural das proteínas e vitaminas. Com a microalga Tetraselmis sp. CTP4 em meio ALGAL realizam-se ensaios em condições de hetero e de mixotrofia. Em condições mixotróficas, a microalga CTP4 cultivada em meio ALGAL com 10 g/L de glucose produziu cerca de 7 g/L de biomassa, enquanto que em heterotrofia, foram obtidas apenas 3 g/L. Na otimização do meio TAP, a microalga Chlorella sorokiniana apresentou as melhores condições de crescimento para a concentração de 3 mM de fósforo e 1 mM de enxofre, onde se registaram produtividades máximas de 0,233 gbiomassa/L.d e 0,227 gbiomassa/L.d, respetivamente. Usando o meio otimizado no crescimento desta microalga, foi atingida uma produtividade máxima foi 0,393 gbiomassa/L.d. Os resultados obtidos na otimização do meio ALGAL sugerem que a CTP4 consegue ativar o sistema mixotrófico, aliando o consumo de uma fonte de carbono orgânico (glucose) e o efeito da luz na fixação do dióxido de carbono (CO2). Os ensaios de otimização do meio TAP para o aumento da produtividade da microalga Chlorella sorokiniana apresentaram resultados promissores, revelando assim a importância de definir as concentrações ótimas dos constituintes do meio de forma a estimular a produção dos produtos de interesse.