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- Alguns aspetos da floração e vingamento do abacateiroPublication . Duarte, Amílcar; Lopes, Rosário; Furtado, José; Duarte, JoãoPara quem não conheça a planta, até pode parecer que o abacateiro não tem flores, porque estas são de reduzida dimensão (cerca de 1 cm de diâmetro, quando a flor está aberta) e pouco vistosas. A sua cor, entre o verde pálido e o amarelo, faz com que se possam confundir com os caules e as folhas. Porém, a floração do abacateiro é habitualmente abundante; uma árvore pode produzir mais de um milhão de flores. No caso das plantas cultivadas no Algarve, a quantidade de flores produzidas, geralmente, não constitui uma limitação para a obtenção de elevadas colheitas nesta espécie, mas o vingamento do fruto não é muito elevado e as produções são algo inferiores às obtidas em algumas outras zonas de produção. As flores do abacateiro estão agrupadas em inflorescências (panículas) situadas na zona terminal dos ramos. O conjunto das inflorescências de cada ramo pode ter várias centenas de flores, embora o número seja variável, dependendo da cultivar, das condições edafoclimáticas e da idade do ramo.
- Para onde caminha a nossa fruticultura?Publication . Duarte, AmilcarA fruticultura tem vindo a crescer nos últimos anos no nosso país, mas também no resto do mundo, em área, mas sobretudo em produção. O aumento da produtividade está relacionado com a sua modernização tecnológica, que é cada vez mais rápida e abrangente, chegando a praticamente todas as culturas frutícolas. Esta modernização vai em dois sentidos que não são necessariamente opostos, embora por vezes sejam entendidos como tal. Por um lado, há uma intensificação de muitas culturas, com compassos de plantação tendencialmente mais apertados, aumento do grau de mecanização e diminuição do período de vida dos pomares, com frequente renovação de cultivares. Este modelo é acompanhado de uma frequente aplicação de produtos fitossanitários e sistemas de fertirrega com aplicação diária de adubos. Porém, a intensificação pode fazer-se à custa de alguma(s) da(s) mudança(s) aqui referida(s), sem que as outras aconteçam. Por outro lado, a preocupação da sociedade com a qualidade e segurança dos alimentos e com a conservação do ambiente tem-se refletido na fruticultura europeia pela retirada dos produtos fitossanitários mais tóxicos e pelo estímulo a modos de produção mais sustentáveis, nomeadamente, a produção integrada e a agricultura biológica. Associada a esta tendência de aumento da sustentabilidade está a conservação e a valorização das variedades regionais de fruteiras e dos produtos a elas associados. Tanto a intensificação da produção frutícola, como o desenvolvimento de modos mais sustentáveis de produção exigem cada vez mais um conhecimento científico profundo e um desenvolvimento tecnológico avançado. Em ambos os casos são necessários agrónomos altamente qualificados, que sejam capazes de aplicar o conhecimento científico, respeitando os princípios éticos e respondendo às preocupações da sociedade. Também ao nível dos operários agrícolas, as exigências são cada vez maiores, devido à complexidade das máquinas e equipamentos usados na produção e acondicionamento dos frutos e às exigências de certificação de produtos e processos. Portanto, também aqui são necessários trabalhadores mais qualificados. Em suma, a fruticultura é cada vez mais uma atividade para ser exercida por gente qualificada, desde o empresário até ao operário. A fruticultura baseada em mão de obra não qualificada e barata pode ser temporariamente lucrativa, mas não tem futuro. A compatibilização de alguma intensificação com o aumento da sustentabilidade é um desafio que os empresários, técnicos e investigadores têm pela frente. Não é um desafio fácil, mas, juntos, temos que vencê-lo. A investigação e a formação em ciências agrárias levadas a cabo pelas nossas instituições de ensino superior e de investigação agrária estão orientadas para, nas regiões em que estão inseridas, contribuir para essa fruticultura moderna e sustentável. O 4º Simpósio Nacional de Fruticultura que decorrerá nos próximos dias 29 e 30 de novembro em Faro, na Universidade do Algarve, dará também certamente um importante contributo para a discussão dos problemas com que o sector se depara e apontará caminhos para a sua resolução, na senda de uma fruticultura cada vez mais avançada tecnologicamente e mais sustentável.
- Poda de Citrinos na Região Mediterrânica. Manual TécnicoPublication . Barrote, Isabel; Neto, Luís; Guerrero, Carlos; Marques, Natália; Duarte, AmilcarA poda é uma prática comum em citrinos, mas que é por vezes questionada, por se tratar de uma operação dispendiosa e por as árvores não podadas terem produções razoáveis. No entanto, a poda tem provado ser de particular importância na citricultura mediterrânica, orientada para a produção de frutos para consumo em fresco. Nesta citricultura a poda permite aumentar a qualidade do fruto, a qual é altamente valorizada, pelo que a poda se torna necessária e é compensada pelo preço de venda dos frutos. A poda permite formar e controlar a copa da árvore para obter uma melhor produtividade e qualidade dos frutos e, simultaneamente, melhorar o estado sanitário da árvore e facilitar a execução de operações, como a colheita e os tratamentos fitossanitários. Neste manual, resumimos e explicamos as técnicas de poda utilizadas na citricultura mediterrânica e referimos os principais objetivos de cada tipo de poda, tendo em consideração a morfologia e a fisiologia dos citrinos. Este livro é o resultado de vários anos de trabalho em ensaios de poda realizados no Algarve e foi escrito no âmbito do Grupo Operacional “PodaCitrus - Otimização da poda em citrinos”, financiado por fundos da União Europeia, através do programa PDR2020. É, assim, o produto de um vasto trabalho de equipa, que, além dos autores, incluiu muitos agrónomos, responsáveis técnicos pelos pomares onde foram realizados os ensaios. Foi também importante a participação de agrónomos exteriores ao projeto, com quem discutimos os resultados obtidos e as técnicas de poda de citrinos praticadas nos campos. Os autores agradecem, em primeiro lugar, às empresas Frusoal, Citriaroeira, Produção Citrícola Lda, e João Santana Unipessoal, parceiras do projeto, mas também às empresas Quinta da Barragoa e Valenciagro (grupo Martinavarro) as respetivas colaborações. Pessoalmente, agradecemos a Silvino Oliveira, Angélica Mendonça, Valter Reis, Manuel Reis, Marta Afonso, Rui Antão, Tiago Guerreiro, Vera Sustelo, Luís Mendonça e Alfonso Barrau, toda a sua colaboração. Agradecemos também a Gonçalo Azinheira pela elaboração das ilustrações deste livro e a Miguel Santos pela edição de duas fotografias. Agradecemos ainda a Hugo Marques e a Vera Sustelo pela disponibilização de algumas fotografias.