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  • O sítio do Meu Jardim (Nazaré): contribuição para o estudo da pedra lascada do Neolítico Médio na Estremadura
    Publication . Coelho, Eliana Vanessa Goufa; Carvalho, António Faustino de
    Na planície aluvial da várzea da Nazaré, numa área que estabelecia o contacto entre o antigo estuário lagunar interior e o oceano, foi identificado um sítio arqueológico intitulado de Meu Jardim, pertencente ao Neolítico Médio e próximo de jazidas de sílex. Este sítio é dominado claramente pela indústria lítica, onde o sílex, uma rocha local, é a matéria-prima dominante. A partir da análise tecno-tipológica do conjunto de pedra lascada do Meu Jardim, analisamos as estratégias de exploração de matérias-primas, as cadeiras operatórias, os métodos e técnicas de debitagem empregues, e a integração tecno-cultural da comunidade humana que residiu no local. A debitagem de núcleos está sobretudo orientada para a extracção de lascas e para a exploração de núcleos prismáticos, neste caso para produção sobretudo de lamelas. O método prismático é então o principal método de produção de suportes lâmino-lamelares baseados numa gestão diferenciada de matérias-primas (sílex e quartzo). Para a produção de lâminas e lamelas em sílex são vários os indicadores que apontam para o talhe por pressão e percussão indirecta. As utensilagens retocadas mais comuns são as peças de tipologias simples, em concreto, os utensílios domésticos (peças de retoque marginal, denticulados e entalhes). A componente geométrica é constituída somente por trapézios, representados por um número reduzido de peças. Sendo este o único sítio arqueológico identificado nesta zona geográfica correspondente ao Neolítico Médio, esta análise irá contribui para o conhecimento acerca do talhe da pedra neste período, preenchendo assim uma lacuna cronológica na linha da costa entre o Tejo e o Mondego.
  • O concheiro do Meu Jardim (Nazaré) no contexto das estratégias de produção e circulação de suportes lâmino lamelares no neolítico médio da Estremadura portuguesa
    Publication . Coelho, Eliana; Carlos Valera, António; Carvalho, António
    Na planície aluvial da várzea da Nazaré (província da Estremadura Portuguesa, na região centro litoral do país), numa área que estabelece o contacto entre o antigo estuário lagunar interior e o oceano, foi identificado um sítio arqueológico conhecido por Meu Jardim, datado do Neolítico Médio (finais do V e IV milénios A.N.E.), com diversos momento de ocupação registados em estratigrafia, e localizado nas proximidades das jazidas de sílex que terão provavelmente sido exploradas pelos seus ocupantes. Trata-se de um concheiro com vários níveis de ocupação de contexto doméstico. Em face das lacunas de conhecimento que caracterizam os estudos líticos deste período, optou-se por analisar apenas, neste primeiro estudo, as suas produções lâmino-lamelares e integrá-las no contexto regional. Estamos perante material de pequenas dimensões, sobretudo em sílex (o quartzo está menos representado), produzido a partir de núcleos prismáticos pré-formatados (o principal método de produção de suportes lâmino-lamelares), que teve lugar nas próprias jazidas de sílex exploradas na área envolvente. As lâminas e lamelas apresentam atributos compatíveis com uma debitagem por pressão, com talões facetados, e terão, no caso do Meu Jardim, sido utilizadas de modo expedito para suprir as necessidades decorrentes de estadias episódicas no local. De um modo geral, as inferências produzidas a partir do material do sítio do Meu Jardim e da sua comparação com outros contextos revelam, para o período em causa, um comportamento económico e tecnológico muito diversificado no que respeita à exploração e circulação do sílex. As estratégias subjacentes a estas práticas parecem determinadas pela proximidade (maior ou menor) de jazidas de sílex e pelo fim a que se destinavam os suportes alongados (uso imediato, dilatado no tempo, ou uso como oferenda funerária).