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Farmed fish as a functional food: Perception of fish fortification and the influence of origin - Insights from Portugal
Publication . Ribeiro, Ana Ramalho; Altintzoglou, Themistoklis; Mendes, Júlio; Nunes, Maria Leonor; Dinis, Maria Teresa; Dias, Jorge
Being a rich source of important nutrients, including highly digestible proteins, vitamins (A, D3), trace minerals (iodine, selenium) and n-3 long chain polyunsaturated fatty acids (n-3 LCPUFA), fish consumption is generally regarded as part of a healthy dietary pattern. Exogenous feeding in aquaculture unlocks the possibility to tailor fish composition with healthy valuable nutrients. However, the use of supplements in the fish feed during fish production may undermine consumers' perception opinion of these fortified products. The effectiveness success of a functional food is a combination of its efficacy and meeting consumers' expectations. A self-administered questionnaire was designed to assess consumers' preferences regarding fish consumption, and their perception of farmed seabream as a functional food. A high consumption rate of fish, (between daily, and a minimum of three times a week), was reported by 47% of the respondents. Freshness, flavour, quality and price were the four most valued attributes. Good acceptance of the fish fortification concept was observed (53%), as well as positive receptiveness to its consumption (50%). Anti-oxidants and omega-3 fatty acids were the most accepted compounds for fish fortification. Additionally, two consumer groups were established based on their high (HIG) or low (LIG) interest in fish origin (wild vs aquaculture). The LIG was more receptive to all aspects of fish fortification and showed willingness to buy and consume it. This suggests that fortified fish could be targeted to the LIG profile group, which represents 42% of the studied population. With appropriate communication, farmed fish may be a good candidate for functional food.
Farmed fish as a functional food: fortification strategies with health valuable compounds
Publication . Sant’Ana, Ana Sousa Ramos Ramalho Ribeiro de Magalhães; Dinis, Maria Teresa; Dias, Jorge
A actual tendência na indústria de aquacultura para substituir a farinha de peixe e o óleo de peixe por fontes alternativas tem reduzido os níveis de n-3 LCPUFA e microelementos, como iodo e vitamina D3, dos quais o pescado é a principal fonte alimentar natural. A utilização de dietas compostas permite modular a alimentação dos peixes com nutrientes benéficos para a saúde de forma a melhorar a qualidade e o valor nutricional do pescado. A aplicação de um questionário on-line sobre o conceito de fortificação (capítulo 2) revelou que metade dos entrevistados concorda com a fortificação de peixes e estaria disposta a consumir peixe fortificado. Os entrevistados que mostraram um menor interesse em conhecer a origem do pescado (i.e. selvagem vs aquacultura) foram os mais receptivos ao conceito de fortificação. Seguidamente, foram realizados vários ensaios experimentais tendo como principal objectivo a fortificação dos músculos de dourada e de truta arco-íris com compostos benéficos para a saúde humana. Verificou-se um aumento da concentração de iodo e selénio no músculo de dourada e truta como resposta a uma fortificação desses minerais, provenientes de fontes distintas (Capítulo 3). Utilizando níveis semelhantes de suplementação, verificou-se que o teor máximo de iodo no filete de dourada foi maior do que o de truta, o que provavelmente estará associado às diferentes necessidades fisiológicas de homeostasia entre peixes de água doce e marinhos. A eficácia da suplementação alimentar para aumentar a concentração de iodo no músculo dos peixes poderá estar mais dependente da espécie do que da fonte de iodo utilizada. Na truta, obteve-se uma fortificação eficaz de selénio no músculo, após a utilização de uma dieta suplementada com levedura selenizada. A fortificação do músculo de peixes com suplementação alimentar de vitamina D3 é, aparentemente, um processo mais complexo apresentando resultados variáveis (capítulo 4). O aumento de vitamina D3 na dieta, de um nível basal para o nível máximo permitido, não resultou num aumento significativo da concentração de vitamina D3 no músculo. No capítulo 5, discutem-se resultados de um estudo para avaliar o potencial da biomassa de microalgas, recorrendo à diatomácea Phaeodactylum tricornutum, como ingrediente funcional em alimentos para dourada. Observou-se que a utilização de microalgas na dieta permitiu tornar mais apelativa a aparência externa dos peixes, originando uma pigmentação amarela mais viva no opérculo e uma coloração mais clara na região ventral. Além disso, uma avaliação visual realizada por um painel não treinado, mostrou uma clara preferência pelos peixes alimentados com microalgas comparativamente aos alimentados com uma dieta comercial. As matérias-primas provenientes de espécies marinhas, tradicionalmente usadas em alimentos para aquacultura, são recursos escassos, em particular o óleo de peixe rico em n-3 LCPUFA. De forma a estudar a baixa retenção de EPA e DHA alimentar pelos peixes, desenvolveu-se uma estratégia nutricional para promover a retenção metabólica de n-3 LCPUFA no músculo de dourada (Capítulo 6). A composição em ácidos gordos nos tecidos não depende apenas da concentração em gordura dos alimentos, mas é influenciada pelas suas proporções relativas. A composição inicial em ácidos gordos no peixe parece desempenhar um papel importante na eficiência de retenção de EPA e DHA. Observou-se um aumento significativo da retenção de EPA e DHA com a ingestão de MUFA em peixes inicialmente alimentados com uma dieta à base de ingredientes vegetais. A retenção de EPA e DHA no músculo de dourada foi relativamente baixa, sendo a retenção de DHA, geralmente, mais do dobro de EPA.
Em conclusão, relativamente a ensaios de fortificação, a utilização de compostos a partir de fontes naturais e/ou orgânicas foi considerada igualmente ou mais eficaz do que a partir de fontes sintéticas. Nos diversos ensaios de fortificação realizados verificou-se que o contributo nutricional dos filetes de truta e de dourada (dose de 160 g) para uma Ingestão Diária Adequada de EPA e DHA foi acima dos níveis recomendados. A mesma dose de filetes de truta tem um contributo de 98% em selénio, mais de 100% em vitamina D3 e 13% em iodo, para a Dose Diária Recomendada. O consumo de 160g de filetes de dourada cobre 60% em vitamina D3 e 84% em iodo dos níveis da Dose Diária Recomendada. As estratégias de fortificação promoveram o aumento do contributo nutricional dos filetes de truta e de dourada, em compostos benéficos para a saúde, resultando em novos produtos, potencialmente candidatos ao mercado de alimentos funcionais. Ao longo do nosso trabalho, foi possível gerar novos conhecimentos sobre a eficácia de fortificação de rações como ferramentas para modular características nutricionais e de qualidade do pescado de aquacultura
Phaeodactylum tricornutum in finishing diets for gilthead seabream: effects on skin pigmentation, sensory properties and nutritional value
Publication . Ribeiro, Ana Ramalho; Gonçalves, Amparo; Barbeiro, Mónica; Bandarra, Narcisa; Nunes, Maria Leonor; Carvalho, Maria Luisa; Silva, Joana; Navalho, João; Dinis, Maria Teresa; Silva, Tome; Dias, Jorge
Microalgal biomasses are known to play a major role in fish pigmentation, which is particularly important in farmed fish, since colour and external appearance are the first cue for customers when choosing seafood. A study was undertaken to assess the potential of microalgae biomass from the diatom Phaeodactylum tricornutum as a functional ingredient for gilthead seabream (Sparus aurata) feeds. Three experimental diets were designed: a control diet (CTRL), this same diet supplemented with 2.5% of P. tricornutum wild strain (diet MA20); and a third diet with 2.5% of P. tricornutum biomass (diet MA37) cultivated under different temperature and light regimes that resulted in higher levels of fucoxanthin. Microalgae diets led to a reduction (P < 0.05 in MA37) of whole-body fat and lower lipid retention (P < 0.05 in MA20 and MA37). Microalgae did not impact odour, flavour, whiteness, and fatness perception in cooked fillets. Overall, colour analysis showed that P. tricornutum biomass led to significant differences compared to control in specific areas: the MA37 diet induced a significantly (P < 0.05) lighter and more vivid yellow colouration of seabream operculum (Delta E* approximate to 5) perceptible to the human eye; ventral skin lightness was also affected by the dietary treatments (P = 0.040), being higher for microalgae-fed groups, though this difference was not perceptually strong (Delta E* approximate to 1.7). Phaeodactylum tricornutum biomass can be used as a functional ingredient, improving external pigmentation and thus contributing to meet consumer expectations in relation to farmed gilthead seabream.
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SFRH/BD/73452/2010