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Escultura romana na Hispânia. Atas do X Encontro Internacional de Escultura Romana na Hispânia, realizado em Faro e Mértola de 27 a 29 de outubro de 2022

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Em 1992, no Museu Nacional de Arte Romano (MNAR ), nasceu a I Reunião de Escultura Romana na Hispânia, editada no ano seguinte pelo Ministério da Cultura Espanhol (1993). Desde o início da sua génese, o Departamento de Investigação do MNAR entendeu que estas reuniões eram um projeto peninsular e, consequentemente, a presença de Portugal desde a sua origem deveria ser ineludível. E assim tem sido sempre. A IV Reunião de Escultura Romana na Hispânia foi a primeira organizada e celebrada em Lisboa, em 2003, por iniciativa da Faculdade de Belas Artes, na pessoa do Prof. Dr. Luís Jorge Gonçalves, dedicado à análise da Escultura Romana em Portugal, trabalho editado na série Studia Lusitana do MNAR. Passaram alguns anos até que, em 2022, o Museu Municipal de Faro e os polos do Centro de Estudos em Arqueologia, Artes e Ciências do Património (CEAACP) da Universidade do Algarve e do Campo Arqueológico de Mértola, com a colaboração do Museu Nacional de Arte Romano, voltaram a unir forças para tornar possível a X Reunião de Escultura Romana na Hispânia nas cidades de Faro (Algarve) e Mértola. As jornadas decorreram de forma impecável, todas as instituições se empenharam ao máximo e os participantes refletiram o seu bem-estar durante os dias da reunião. Além disso, como é habitual nestes encontros, houve a oportunidade de visitar o Museu de Faro e o Campo Arqueológico de Mértola, conhecendo em primeira mão os trabalhos arqueológicos urbanos e o excecional conjunto estatuário ali encontrado. Em 2024, este volume concretiza uma das máximas dessas reuniões: que as suas Atas sejam editadas de forma imediata à sua celebração e apresentadas na reunião seguinte, que se realizará em Pamplona no final deste ano. O objetivo foi cumprido. Estamos perante um novo volume que incorpora um vasto repertório de trabalhos de âmbito internacional, com estudos que, no contexto peninsular hispânico, servem de referência à crescente linha de investigação que a iconografia e a plástica romana possuem atualmente no universo científico clássico. O estudo começa com o artigo da conferência inaugural do Prof. Dr. E. La Rocca sobre o modelo de Divo Augusto de Torreparedones e a sualigação com o modelo metropolitano, seguido pela tradicional ordenação provincial hispânica: Tarraconense, Bética e Lusitânia. Todos os trabalhos abordam temas eminentemente inéditos, de grande atualidade e interesse na investigação peninsular, focando-se em questões candentes e de amplo debate interdisciplinar. A província Tarraconense contribui com 4 artigos, a Bética com 6 artigos e a Lusitânia com 11. É lógico que os temas lusitanos sejam tratados de forma mais abrangente no seu território. A secção de Varia contribui com 4 artigos e a conferência de encerramento da Prof. Bonanno encerra o volume com chave de ouro sobre os retratos de Beócia, tema da sua especialidade. Ao longo das sessões, realizaram-se debates amplos e enriquecedores e houve um intercâmbio de opiniões científicas muito em linha com a filosofia que desde o início impregnou estas reuniões. Estas sessões, realizadas na Universidade do Algarve, contaram com os melhores recursos humanos e materiais da equipa universitária. Em suma, foi alcançado um novo marco: que a ciência luso-espanhola em arqueologia clássica seja reconhecida e divulgada nos fóruns especializados internacionais. É evidente que as bibliotecas mais prestigiadas neste campo já têm nos seus acervos os volumes das reuniões de escultura como referência do avanço científico que a Península Ibérica alcançou nos últimos trinta anos. A modesta contribuição de Mérida em 1992 transformou-se num encontro internacional de alto nível. Cada reunião e cada local têm elevado o padrão institucional e científico, sempre com o objetivo comum de ampliar o conhecimento que a escultura romana nos proporciona. Para isso, têm sido incorporadas novas tecnologias: análises de mármore, estudo da policromia, reconstruções 3D e um universo inovador que vai além da visão meramente catalográfica que se obtinha da escultura romana nos séculos passados. Novas gerações de investigadores estão a integrar-se, são o futuro da ciência e do bom trabalho das nossas instituições, museus, universidades e centros de pesquisa. A união de todos permitiu-nos chegar até aqui, num caminho longo que vislumbra um futuro promissor. A todos os que tornaram possível este encontro e a sua impecável edição, muito obrigado.

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