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Publication
The new aquatic fauna of southern Portugal and their potential as economic resources: a collaborative merge between science and society
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Authors
Abstract(s)
Biological invasions are among the most challenging ecological and conservation riddles of our times, but still need to be faced with more pragmatism. Promote prevention, eradicate what can be eradicated, control and manage through time what is financially feasible, and innovate when it comes to deal with commercially valuable invasive species. This thesis aimed at merging traditional science with contributions from society, through citizen science, to track the spread, abundance, and putative impacts of non-indigenous marine species in south Portugal, but also evaluate the opportunities and constraints of integrating invasive species in the blue economy. During this four-year period, 8 non-indigenous species with invasive characteristics and 33 neonative species of subtropical origins were studied. Special attention was given to the Atlantic blue crab Callinectes sapidus Rathbun, 1896 because its invasiveness nature became evident during the development of this thesis. Thus, an in-depth study of its impacts on the food web was made, which disclosed their predatory behaviour upon fundamental prey of the Guadiana estuary food web, including native fish, bivalves, and other crustaceans. The citizen science campaign named New Marine Species of the Algarve (NEMA – Novas Espécies Marinhas do Algarve) has been a huge success and relied on the contributions of 260+ citizen scientists, 700+ validated records, belonging to 50+ marine species. Additionally, the commercial value of the Atlantic blue crab and weakfish Cynoscion regalis (Bloch & Schneider, 1801) was evaluated in both sides of the Atlantic. A SWOT analysis evidenced that introducing widely distributed marine invasive species into the blue economy, if properly planned, can become an opportunity to support ecosystem and native resources management but also boost economic development in the less developed regions of Portugal, as are the areas surrounding the Guadiana River basin.
As invasões biológicas são um dos maiores desafios ecológicos e de conservação dos nossos tempos, mas ainda precisam de ser encaradas com mais pragmatismo. Promover a prevenção, erradicar o que pode ser erradicado, controlar e gerir ao longo do tempo o que é financeiramente viável e inovar quando se trata de lidar com espécies invasoras com valor comercial. Esta tese teve como objetivo fundir a ciência tradicional com contributos da sociedade, através da ciência cidadã, para monitorizar a dispersão, abundância e impactos putativos de espécies marinhas não-indígenas no sul de Portugal, mas também avaliar as oportunidades e constrangimentos da integração de espécies invasoras na economia azul. Durante este período de quatro anos, foram estudadas 8 espécies não-indígenas com características invasoras e 33 espécies neonativas de origem subtropical. Foi dada especial atenção ao caranguejo azul Callinectes sapidus Rathbun, 1896 pois o seu carácter invasor tornou-se evidente durante o desenvolvimento desta tese. Assim, foi efetuado um estudo aprofundado dos seus impactos na teia alimentar e revelado o seu comportamento predatório sobre presas fundamentais da teia alimentar do estuário do Guadiana, incluindo peixes nativos, bivalves e outros crustáceos. A campanha de ciência cidadã denominada Novas Espécies Marinhas do Algarve (NEMA) foi bastante bem-sucedida e contou com a contribuição de +260 cientistas cidadãos, +700 registos validados, pertencentes a +50 espécies marinhas. Adicionalmente, o valor comercial do caranguejo azul e da corvina americana Cynoscion regalis (Bloch & Schneider, 1801) foi avaliado nos dois lados do Atlântico. Uma análise SWOT evidenciou que a introdução na economia azul de espécies marinhas invasoras já amplamente distribuídas, se devidamente planeada, poderá ser uma oportunidade para uma melhor gestão dos ecossistemas e recursos nativos, mas também para impulsionar o desenvolvimento económico de regiões menos desenvolvidas de Portugal, como são as áreas circundantes da bacia do Guadiana.
As invasões biológicas são um dos maiores desafios ecológicos e de conservação dos nossos tempos, mas ainda precisam de ser encaradas com mais pragmatismo. Promover a prevenção, erradicar o que pode ser erradicado, controlar e gerir ao longo do tempo o que é financeiramente viável e inovar quando se trata de lidar com espécies invasoras com valor comercial. Esta tese teve como objetivo fundir a ciência tradicional com contributos da sociedade, através da ciência cidadã, para monitorizar a dispersão, abundância e impactos putativos de espécies marinhas não-indígenas no sul de Portugal, mas também avaliar as oportunidades e constrangimentos da integração de espécies invasoras na economia azul. Durante este período de quatro anos, foram estudadas 8 espécies não-indígenas com características invasoras e 33 espécies neonativas de origem subtropical. Foi dada especial atenção ao caranguejo azul Callinectes sapidus Rathbun, 1896 pois o seu carácter invasor tornou-se evidente durante o desenvolvimento desta tese. Assim, foi efetuado um estudo aprofundado dos seus impactos na teia alimentar e revelado o seu comportamento predatório sobre presas fundamentais da teia alimentar do estuário do Guadiana, incluindo peixes nativos, bivalves e outros crustáceos. A campanha de ciência cidadã denominada Novas Espécies Marinhas do Algarve (NEMA) foi bastante bem-sucedida e contou com a contribuição de +260 cientistas cidadãos, +700 registos validados, pertencentes a +50 espécies marinhas. Adicionalmente, o valor comercial do caranguejo azul e da corvina americana Cynoscion regalis (Bloch & Schneider, 1801) foi avaliado nos dois lados do Atlântico. Uma análise SWOT evidenciou que a introdução na economia azul de espécies marinhas invasoras já amplamente distribuídas, se devidamente planeada, poderá ser uma oportunidade para uma melhor gestão dos ecossistemas e recursos nativos, mas também para impulsionar o desenvolvimento económico de regiões menos desenvolvidas de Portugal, como são as áreas circundantes da bacia do Guadiana.
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Keywords
Gestão da recarga de aquíferos Aquíferos costeiros Modelação de águas subterrâneas Seca Resiliência do abastecimento de água Assimilação de dados