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Abstract(s)
Determinaram-se as idades de 197 espadartes, Xiphias gladius Linnaeus 1758, a partir de três estruturas ósseas diferentes (sagittae esquerdos, 2° espinhos da barbatana anal e vértebras; n=155). Os exemplares amostrados eram provenientes de águas açoreanas e foram capturados de Outubro de 1992 a Agosto de 1994. Pretendia-se com o presente trabalho comparar aquelas estruturas em termos de: facilidade de amostragem e processamento; leitura e interpretação de marcas de idade e repetibilidade das estimações de idade. Tentaram-se vários métodos para a extracção e processamento dos otólitos. Por fim, contaram-se e mediram-se os anéis translúcidos observados na superfície côncava dos antirostra dos sagittae inteiros. Aplicaram-se quatro técnicas de realce dos anéis visíveis nos cones de vértebras "preliminares". A impregnação com alizarina vermelha revelou-se a técnica mais vantajosa e foi aplicada às vértebras da I° posição na coluna vertebral. Cortaram-se secções de 0,5mm de espessura junto ao côndilo dos espinhos. Os anéis translúcidos foram contados e medidos sob lupa binocular com luz transmitida. Obtiveram-se relações lineares, estatisticamente significativas, entre as dimensões das peças, as "idades" estimadas e o comprimento mandibula-furca dos indivíduos (LJFL). Em 94,4% das secções de espinhos, 45% dos otólitos e 27,8% dos corpos vertebrais, concordaram 2 dos 3 replicados das estimações de "idade". O erro das estimações, expresso pelo Coeficiente de Variação, variou entre um máximo de 22,8% nas vértebras e mínimos de 8,9% e 7,5% nos otólitos e espinhos, respectivamente. Obteve-se uma relação complexa (1:2:3, espinhos, sagittae e vértebras) entre as "idades" estimadas a partir das três estruturas. O crescimento parece variar sazonalmente embora a análise de incrementos marginais não permitisse estabelecer um "modelo de deposição de incrementos de crescimento/idade em qualquer das peças. Os LJFL retrocalculados na "idade" n, a partir dos otólitos e espinhos, não são significativamente diferentes dos observados (Teste do Sinal Ordenado de Wilcoxon, p<0,05) e encontram-se dentro do intervalo de comprimentos referido na bibliografia. Apesar de não ter sido possível ajustar uma escala temporal aos padrões de deposição observados, a restante informação parece indicar a adequação das peças estudadas para a determinação de "idades”. Comparativamente, a facilidade relativa na obtenção da 2º espinho da barbatana anal, o método relativamente simples de preparação, a clarividência dos anéis e a repetibilidade (precisão) das interpretações recomendam os espinhos para estudos de idade e crescimento de espadarte.