Publication
Artificial intelligence and healthcare: the opportunities, risks and barriers of ai adoption in healthcare in Sub-Saharan Africa
| datacite.subject.fos | Ciências Sociais::Outras Ciências Sociais | |
| dc.contributor.advisor | Ferreira, Lara Noronha | |
| dc.contributor.author | Ezechukwu, Cheleolisa Vitalis | |
| dc.date.accessioned | 2024-11-27T11:59:07Z | |
| dc.date.available | 2024-11-27T11:59:07Z | |
| dc.date.issued | 2024-07-15 | |
| dc.description.abstract | É evidente a forma como a tecnologia está a revolucionar a prestação de serviços de saúde nas economias desenvolvidas. Graças a ela, o custo de bens e serviços tem vindo a diminuir, enquanto a produtividade tem vindo a aumentar. A tecnologia é frequentemente apontada como a principal responsável pela redução dos custos de prestação de serviços e pela melhoria da qualidade do serviço, nomeadamente em termos de resultados clínicos. Nos últimos anos, tem havido um aumento do interesse e dos avanços em aplicações de inteligência artificial médica devido à substancial melhoria na capacidade de processamento dos computadores modernos e à disponibilidade de grandes quantidades de dados digitais. A utilização de aplicações de inteligência artificial pode trazer vantajens para o sector da saúde, nomeadamente na prática clínica, no diagnóstico, e nas cirurgias. Além disso, áreas ligadas à saúde, mas não diretamente ligadas à parte clínica, como a gestão e a administração, também podem beneficiar destas aplicações. Sunarti et al. (2023) destacaram vários benefícios, incluindo melhoria dos resultados para os doentes, redução de custos, melhor acesso aos cuidados de saúde em áreas rurais e aumento na contratação e retenção de pessoal. Estas vantagens também promovem confiança ao fomentar a responsabilidade e a transparência. No entanto, a implementação da inteligência artificial no setor da saúde apresenta perspectivas ainda mais animadoras para aumentar o acesso aos serviços em todos os níveis de atendimento no continente africano. Os sistemas de saúde africanos já se encontram sobrecarregados e enfrentam pressões adicionais decorrentes do aumento dos gastos, da pandemia, de surtos de doenças infecciosas e do crescimento do número de doentes com doenças crónicas. É por isso que este estudo se dedica à análise das oportunidades, riscos e barreiras da adoção da inteligência artificial no sector da saúde na África Subsaariana através de uma revisão sistemática da literaturaInicialmente, foi estabelecido o âmbito do estudo e foram definidos os critérios de inclusão/exclusão para abranger um horizonte temporal entre 2018 e 2024, a relevância para o tema e a precisão da literatura selecionada. Foram utilizadas bases de dados como a PubMed, a Medline, a Science Direct e o Google Scholar para extrair a literatura necessária, através da pesquisa por palavras-chave e frases definidas. Utilizou-se um fluxograma PRISMA para mostrar a literatura selecionada para análise. A análise descritiva do fluxograma PRISMA revela que foram analisados 528 artigos para estudar as oportunidades, riscos e barreiras da adoção da inteligência artificial no sector da saúde na África Subsariana. Durante o processo de revisão sistemática, foram identificados 120 artigos duplicados e, consequentemente, excluídos do conjunto inicial. Posteriormente, foi aplicado um processo de seleção a 407 artigos. Nomeadamente, 23 artigos foram removidos por não cumprirem os critérios de elegibilidade do estudo. Isto envolveu casos em que os artigos estudavam outros países para além da África Subsariana, ou quando havia detalhes que indicavam a inclusão de outro sector, como a educação ou a política, em vez do foco pretendido no sector da saúde. Deste modo, foram selecionados para o estudo final, quatorze artigos publicados entre 2018 e 2024 que, cumpriam todos os critérios previamente estabelecidos. O estudo revelou que o uso da tecnologia de inteligência artificial tem um potencial incrível no desenvolvimento de sistemas de saúde mais robustos e na melhoria dos resultados dos pacientes, conforme demonstrado no trabalho de Anthony et al. (2023). O estudo também evidencia que as tecnologias de inteligência artifical estão a melhorar significativamente a eficácia de enfermagem e da gestão dos hospitais (Lee e Yoon, 2021). Além disso, ficou patente que a inteligência artificial pode melhorar a segurança da saúde, embora traga consigo novos riscos (Macrae, 2019). Ainda de acordo com este estudo, existem enormes oportunidades de utilização da inteligência artificial nos diagnósticos das doenças, nas análises de risco, na triagem dos doentes e como auxílio nas cirurgias. Owoyemi et al. (2020) fornecem mais perspetivas sobre a utilização da inteligência artificial nos cuidados de saúde, lançando luz sobre as potenciais vantagens e dificuldades encontradas pelo sector dos cuidados de saúde, como a utilização da inteligência artificial para identificar medicamentos falsificados, melhorar a eficácia da enfermagem, o diagnóstico e a gestão hospitalar. No entanto, também foram identificados riscos e preocupações relacionados com a privacidade de dados, gestão da segurança da inteligência artificial, envieasamento nos algoritmos e questões ligadas à regulação da ação da inteligência artificial. Mais especificamente, a adoção da inteligência artificial na saúde na África Subsaariana enfrenta barreiras que vão desde questões éticas, legais e sociais, que podem manifestar-se na forma de infraestruturas deficientes, imprecisão na deteção e tratamento de doenças, preocupações com a privacidade de dados e a necessidade de um quadro legislativo específico. Este estudo recomenda a criação e implementação de marcos regulatórios personalizados para a inteligência artificial na saúde, que visem especificamente as questões e complexidades únicas da África Subsaariana. Adicionalmente, é recomendada a alocação de recursos para pesquisa e formação de técnicos, pessoal médico e reguladores de políticas de saúde em inteligência artificial. É igualmente crucial o investimento em infraestruturas necessárias para apoiar o desenvolvimento e adoção da inteligência artificial. Este documento deve fornecer instruções para salvaguardar a privacidade de dados, abordar questões éticas e estabelecer critérios para o uso da inteligência artificial em ambientes médicos. De acordo com Assadullah (2019), estes obstáculos têm implicações ao nível da gestão, da investigação e da regulamentação, que vão desde a elaboração de políticas, o teste e a classificação dos sistemas de inteligência artificial para utilização nos cuidados de saúde, o tratamento seguro dos dados relativos aos cuidados de saúde e os preconceitos. Para além do exposto, é importante ressaltar a necessidade de envolver a comunidade em geral no processo de adoção da inteligência artificial na saúde. A sensibilização para os benefícios e riscos potenciais é fundamental para garantir a aceitação e confiança do público. A colaboração com empresas tecnológicas também é crucial para o desenvolvimento e implementação de soluções de inteligência articial adaptadas ao contexto africano. Além disso, é importante considerar o potencial da inteligência artificial para melhorar a educação e a formação dos profissionais de saúde em toda a África. A inteligência artificial pode ser utilizada para criar programas de aprendizagem personalizados e fornecer acesso a recursos educativos de qualidade, independentemente da localização geográfica. Em conclusão, a inteligência artificial tem o potencial de transformar a prestação de serviços de saúde na África Subsaariana. No entanto, para que esse potencial seja plenamente realizado, é necessário abordar as barreiras existentes e desenvolver um ecossistema de inteligência articial robusto e sustentável. Através de um investimento estratégico em infraestrutura, recursos humanos e um quadro legislativo adequado, a África Subsaariana pode tirar partido dos benefícios da inteligência artificial e melhorar significativamente a saúde e o bem-estar das suas populações. | por |
| dc.description.abstract | Technology revolutionizing healthcare service delivery is evident globally. It is frequently cited as the primary driver of lower service delivery costs and improved clinical results. Healthcare systems are already overworked, and are also facing additional pressures from growing expenses, pandemics, infectious disease outbreaks, and chronic illnesses. That is why this study investigated the opportunities, risks and barriers of artificial intelligence adoption in healthcare in Sub-Saharan Africa through Systematic Literature Review. The study scope was first established, and the inclusion/exclusion criteria defined to include specific publication timeline between 2018 and 2024, relevance to the topic, and accuracy of the selected literature. Databases like PubMed, Medline, Science Direct and Google Scholar were used to extract necessary literature by searching for defined keywords and phrases. Using PRISMA flowchart, fourteen journals were adopted for the study, having met the necessary criteria set. This study revealed that the use of artificial intelligence technology has incredible potential to develop more dependable healthcare systems, enhance patient outcomes per the work of Anthony et al. (2023), enhance healthcare safety (Macrae,2019). Artificial intelligence finds tremendous opportunities for use in diagnoses, patient screening and in surgeries. It also shows that there are risks and concerns including data privacy, management of artificial intelligence safety, bias in algorithms and regulatory concerns. Moreover, in Sub-Saharan Africa, artificial intelligence adoption in healthcare faces barriers ranging from ethical, legal, and social barriers in the form of inadequate infrastructure, paucity of legislative framework. This study recommends that there should be the creation and execution of customized regulatory frameworks for artificial intelligence in healthcare specifically targeting the unique regional intricacies, resource allocation for research and training in artificial intelligence, as well as investment in necessary support infrastructure, guidelines for safeguarding data privacy, addressing ethical concerns, and establishing criteria for the use of artificial intelligence in medical environments. | eng |
| dc.identifier.tid | 203717368 | |
| dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10400.1/26351 | |
| dc.language.iso | eng | |
| dc.rights.uri | http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ | |
| dc.subject | inteligência artificial | |
| dc.subject | saúde | |
| dc.subject | oportunidades | |
| dc.subject | riscos | |
| dc.subject | barreiras | |
| dc.subject | assistência médica | |
| dc.subject | áfrica subsaariana | |
| dc.title | Artificial intelligence and healthcare: the opportunities, risks and barriers of ai adoption in healthcare in Sub-Saharan Africa | eng |
| dc.type | master thesis | |
| dspace.entity.type | Publication | |
| thesis.degree.name | Mestrado em Gestão de Unidfades de Saúde |