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Durante os anos 80 parte da Europa tomava consciência da necessidade de encontrar novos rumos para a protecção do património arqueológico. Estávamos numa altura em que as modificações da paisagem, inerentes ao desenvolvimento, se tornavam desastrosas para os vestígios arqueológicos. Nessa década, as
criações e enunciações do Estado português pretendiam já ir ao encontro da política dos países a que se aliava, criando-se o Instituto Português do Património Cultural. Nos anos 90 o Instituto Português do Património Arquitectónico e Arqueológico substitui aquela entidade, tendo-se já então temido uma secundarização da actividade arqueológica.
A frágil estruturação da actividade arqueológica em Portugal não permitia uma efectiva salvaguarda do património e da informação de interesse relevante, não estando totalmente de acordo com a Constituição da República Portuguesa, nem com os acordos internacionais de que o país era já signatário. Como ponto de
chegada, ponto de partida e também, sabe-se hoje, como ponto de passagem na história da arqueologia em Portugal, em 1997, o Ministério da Cultura aprova a orgânica do Instituto Português de Arqueologia que passará a ter, em conjunto com o Instituto Português do Património Arquitectónico, a missão de salvaguardar e valorizar o património cultural do país. A realidade da arqueologia feita em Portugal modificara-se significativamente, assumindo-se o ano de 1997 como ponto de viragem.