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  • O projecto de conservação das galeotas reais portuguesas:um desafio para a museologia contemporânea
    Publication . Querol, Lorena Sancho
    A Colecção de Galeotas Reais portuguesas é formada por seis embarcações que estão expostas ao público no Museu de Marinha de Lisboa. São conhecidas, vulgarmente, pelo nome ou pelo cargo de quem mandou construí-las, com excepção do Bergantim Real – também conhecido como Galeota Real – que foi encomendado, em 1780, pela Rainha Dona Maria I. Das restantes galeotas que constituem esta colecção, quatro foram construídas no século XVIII: Galeota de D. João V, de D. José I, de D. Carlota Joaquina e do Inspector da Alfândega de Lisboa. O sexto exemplar provém já do século XIX, e é designado como Galeota de D. Miguel, tendo sido mandado construir por este monarca no ano de 1831. Todas estas embarcações foram construídas com o objectivo de transportar a família real portuguesa, bem como os seus homólogos europeus, em trajectos curtos ao longo do rio Tejo ou dos seus navios e iates até terra firme, durante as visitas oficiais à capital portuguesa. Como colecção, sabemos que constitui um exemplo de Património Marítimo único no mundo; como realidade museológica, possuem o dom de encantar todo aquele que se aproxima com a sua majestosa presença, com o seu aroma a memória e passado e com as suas cativantes formas, desgastadas pelo tempo.
  • Integralismo Lusitano: filosofia e política de acção também regional e local
    Publication . Cordeiro, José Manuel
    Entendendo que não há movimentos doutrinários, políticos ou de intelectuais que não tenham na sua base uma concepção filosófica do mundo, convirá verificar se há base filosófica e política que sustente o Integralismo Lusitano desde 1913 até 19381, início e fim das publicações basilares deste movimento filosófico-político, bem como a sua relação com os movimentos integralistas regionais. Entende-se que, pelo facto de ainda não ter sido produzido tal trabalho analítico com bases filosófico-políticas sobre os textos consagrados e expressos pelas revistas do Integralismo Lusitano sejam nacionais, regionais ou locais, o conhecimento existente sobre tão importante movimento de intelectuais da primeira metade do século XX se encontra ainda incompleto, apesar de já contar com números e valiosos estudos. Por um lado, estamos certos da riqueza do tema em apreço e, por outro, estamos certos de que ainda há espaço para a investigação neste tema, globalmente entendido como Integralismo Lusitano, nomeadamente questões de cariz filosófico-políticas que ainda não estão respondidas, bem como não poderia deixar de se analisar e estudar a sua implantação regional e local, pois sabe-se pela análise das revistas integralistas de cariz nacional que havia importantes núcleos integralistas regionais também com publicações e acção política próprias.
  • Do sagrado ao profano: o processo de atribuição de novos usos o processo de atribuição de novos usos
    Publication . Marado, Catarina Almeida
    A análise das extintas casas regulares da região do Algarve, realizada no âmbito da dissertação de doutoramento em Arquitectura intitulada “Património conventual e periferia: a salvaguarda dos antigos espaços conventuais do Algarve”, foi efectuada partindo da identificação de três diferentes fases no seu percurso histórico: conventual, pós-conventual e actual. A fase pós-conventual, que corresponde ao período que seguiu à extinção das ordens religiosas, tem sido ignorada por alguns dos estudos que abordam esta tipologia arquitectónica. Nesse sentido, a escassez de informação disponível relativamente a este momento da vida das antigas casas monásticoconventuais obrigou-nos a desenvolver um maior esforço de investigação documental.
  • O mestre entalhador Manuel Romero. Um artista sevilhano em Tavira no início do século XIX
    Publication . Santos, Marco
    A actividade artística desenvolvida pelo mestre entalhador Manuel Romero na região algarvia foi, pela primeira vez, referenciada por Francisco Lameira, na sua dissertação de Doutoramento em História da Arte Moderna, intitulada A Talha no Algarve durante o Antigo Regime, dada à estampa no ano de 2000. Nesse ensaio, o referido entalhador, então designado como Manuel “Romeira”, é apontado como o autor dos retábulos colaterais da igreja da Ordem Terceira do Carmo de Tavira, executados entre 1817 e 1818, utilizando o formulário neoclássico, assim como o responsável pela execução da essa, isto é, do estrado onde se colocavam as urnas durante as cerimónias fúnebres, para a mesma igreja, em 1820. Para além, disso era ainda tido como o presumível autor de um outro retábulo, que apresenta semelhanças formais com os anteriores, existente no baptistério da igreja de Santa Maria do Castelo, igualmente em Tavira.
  • Os retábulos da igreja de São Pedro no Funchal
    Publication . Ladeira, P.
    A freguesia de São Pedro situa-se na baixa da cidade do Funchal. Inicialmente a cidade circunscrevia-se às freguesias de N.ª S.ª do Calhau e da Sé, mas o crescimento social e económico preceituou a sua expansão. O centro da cidade estava mais vocacionado para o comércio, administração e residência de famílias importantes, embora no local onde foi criada a freguesia de São Pedro, residisse o primeiro capitão-donatário do Funchal, João Gonçalves Zarco, e seus descendentes. Em finais do século XVIII importantes famílias funchalenses também residiam em São Pedro, como os Bettencourt, Freitas, Ornelas, Carvalhal. Aquando da criação da freguesia de São Pedro, considerada uma zona dos arredores da cidade, viviam muitas pessoas dedicadas à actividade agrícola e aos ofícios mecânicos (carpinteiros, pedreiros, …), muitos oriundos dos concelhos rurais da Madeira e do Norte de Portugal. A criação da freguesia de São Pedro do Funchal passou por um processo um pouco atribulado. A nova freguesia foi criada por um alvará de Julho de 1566, emitido pelo cardeal infante D. Henrique, regente na menoridade do seu sobrinhoneto, futuro rei D. Sebastião. A freguesia surgiu da partilha da freguesia da Sé. A sua primeira ermida foi dedicada a São Paulo e São Pedro, actualmente denominada São Paulo. A freguesia ocupava a grande parte ocidental da cidade do Funchal e juntava-se às duas existentes de Nossa Senhora do Calhau e da Sé.
  • O enigma da Igreja de Santa Maria-a-Velha da Batalha
    Publication . Vieira, Renata
    A história desta pequena igreja no fundo é igual a história de tantos outros monumentos do passado. Foi ela uma construção funcional, desejada e prestigiante, mas que perdeu importância de forma progressiva e até foi um obstáculo à modernização; caindo no esquecimento e sucessiva destruição. Da velha igreja poucos são os vestígios. Apenas uma lápide implantada num espaço vazio, que outrora lhe pertencia, com o intuito de perpetuar a sua memória.
  • Estudo paleobiológico da necrópole da Igreja da Misericórdia de Almada (séculos XVI-XVIII)
    Publication . Neto, Filipa
    No presente artigo apresenta-se de forma concisa o estudo efectuado aos vestígios osteológicos exumados na Igreja da Misericórdia de Almada na década de 1980 e que foi alvo de uma análise exaustiva no âmbito de uma dissertação de mestrado apresentada à Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. Com a elaboração deste trabalho, pretendeu-se constituir uma série de dados que permitissem o reconhecimento dos indivíduos que haviam sido sepultados na Igreja da Misericórdia de Almada durante os séculos XVI a XVIII, época em que funcionou como espaço de necrópole. O estudo visou a análise paleobiológica de esqueletos, não se tratando por isso inédito em termos de objectivos, mas singular pelo seu objecto de estudo. As informações para estas épocas sobre as populações de Almada são ainda reduzidas, quer ao nível da documentação, muita dela inédita, quer ao nível dos vestígios paleobiológicos. Desta forma, o discernimento e a reconstituição de aspectos importantes da vida de alguns indivíduos que habitavam o termo de Almada assume assim particular relevância para a construção do modelo populacional e sociocultural desta região.
  • Necrópole da Sé Silves
    Publication . Casaca, Cecília
    Foram-nos entregues pela Prof. Doutora Teresa Júdice Gamito, resultado da sua intervenção arqueológica no adro da Sé de Silves, várias caixas de plástico contendo restos ósseos humanos, que se encontravam muito fragmentados postmortem, com destruição acentuada, muito provavelmente devido às pressões externas exercidas à superfície do solo (o local está transformado em parque de estacionamento de automóveis) e à baixa profundidade das inumações. Estes ossos estavam separados por sepulturas e ossadas, com os respectivos números de identificação utilizados pelos arqueólogos e que foram seguidos durante o estudo antropológico. Foram estudadas 41 sepulturas e ossadas depositadas no seu contexto e referentes a antigas utilizações.
  • Comunidades islâmicas e medievais-cristãs do Castelo de Paderne: continuidade e mudança. Perspectiva zooarqueológica
    Publication . Pereira, Vera
    Já vários estudos foram publicados sobre o Castelo de Paderne, suas estruturas defensivas e habitacionais, organização espacial intra-muralhas — no que concerne à implantação de casas, arruamentos e canalizações — e espólio mais significativo. O presente artigo pretende abordar as populações que habitaram o Castelo de Paderne em duas épocas distintas, a islâmica e a medieval-cristã, através da Zooarqueologia. Embora seja fruto de um estudo preliminar, que revela limitações inerentes à sua realização como trabalho introdutório de uma cadeira de mestrado, ambiciona pois conhecer um pouco melhor as populações da fortaleza nas suas dimensões económica, social e cultural, através da análise morfológica dos restos faunísticos.
  • Para um novo paradigma da arqueologia de emergência em Portugal
    Publication . Pereira, Jaqueline
    Durante os anos 80 parte da Europa tomava consciência da necessidade de encontrar novos rumos para a protecção do património arqueológico. Estávamos numa altura em que as modificações da paisagem, inerentes ao desenvolvimento, se tornavam desastrosas para os vestígios arqueológicos. Nessa década, as criações e enunciações do Estado português pretendiam já ir ao encontro da política dos países a que se aliava, criando-se o Instituto Português do Património Cultural. Nos anos 90 o Instituto Português do Património Arquitectónico e Arqueológico substitui aquela entidade, tendo-se já então temido uma secundarização da actividade arqueológica. A frágil estruturação da actividade arqueológica em Portugal não permitia uma efectiva salvaguarda do património e da informação de interesse relevante, não estando totalmente de acordo com a Constituição da República Portuguesa, nem com os acordos internacionais de que o país era já signatário. Como ponto de chegada, ponto de partida e também, sabe-se hoje, como ponto de passagem na história da arqueologia em Portugal, em 1997, o Ministério da Cultura aprova a orgânica do Instituto Português de Arqueologia que passará a ter, em conjunto com o Instituto Português do Património Arquitectónico, a missão de salvaguardar e valorizar o património cultural do país. A realidade da arqueologia feita em Portugal modificara-se significativamente, assumindo-se o ano de 1997 como ponto de viragem.