Publication
"A beleza é o grau mais elevado da verdade", "Os Memoráveis", de Lídia Jorge
dc.contributor.author | Nogueira, Adriana | |
dc.date.accessioned | 2016-07-07T09:57:53Z | |
dc.date.available | 2016-07-07T09:57:53Z | |
dc.date.issued | 2014-05-09 | |
dc.description.abstract | Foi um prazer ler o último romance de Lídia Jorge, editado em março último, pela Dom Quixote. E as razões foram muitas. Porque fala de um dia da nossa história que me diz bastante: o 25 de abril de 1974. Apesar de ter dele apenas uma vaga ideia, foi sendo sempre falado na minha família e faz parte do meu presente. Porque reconheço grande parte da história ali contada, fazendo-me sentir cúmplice, quer do texto, quer dos acontecimentos. Porque o romance é um género que faz falta para contar a História. É um modo de chegar a muito mais gente que, depois de o ler (ou enquanto o vai lendo), vai ter vontade de ir procurar os outros livros – os de História não romanceada – para aprender sobre as horas daquela noite de 24 para 25 e sobre os seus protagonistas. Apesar da «transfiguração literária », como se lê na nota de edição, quem sabe se não os reconhecerá? E saltando muitas outras razões, porque é um livro muito bem escrito. As pontas que vão sendo soltas ao longo da narrativa juntam-se em outros momentos, completando quadros de sentido. Ana Maria Machada, a narradora, como participante da história, sabe tanto como nós sobre o que pensam as outras personagens, mas sabe um bocadinho mais do que, em certos momentos, conta. Por exemplo, quando a equipa de reportagem entrevista a viúva de um dos capitães de Abril (que percebemos ser Salgueiro Maia, apesar de apenas ser referido pela sua «alcunha doméstica», isto é, pelo nome que a mãe de Ana Maria lhe dera: Charlie 8) e tenta conseguir que esta diga quem queria mal ao marido, perante a relutância em acusar alguém, a «Machadinha» afirma «Nós sabíamos, mas não tão bem como ela, que as vinganças de que foram vítimas ele e os outros como ele, tinham tido autores concretos, nomeáveis, intérpretes e responsáveis, colocados no topo das estruturas criadas num país onde passara a haver liberdade para legitimar tudo e o seu contrário» (p. 249). | pt_PT |
dc.identifier.other | AUT: ANO01054 | |
dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10400.1/8482 | |
dc.language.iso | por | pt_PT |
dc.peerreviewed | no | pt_PT |
dc.publisher | Postal do Algarve | pt_PT |
dc.rights.uri | http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ | pt_PT |
dc.title | "A beleza é o grau mais elevado da verdade", "Os Memoráveis", de Lídia Jorge | pt_PT |
dc.type | periodical | |
dspace.entity.type | Publication | |
oaire.citation.conferencePlace | Faro | pt_PT |
oaire.citation.endPage | 11 | pt_PT |
oaire.citation.startPage | 11 | pt_PT |
oaire.citation.title | Cultura.Sul | pt_PT |
oaire.citation.volume | 69 | pt_PT |
person.familyName | Nogueira | |
person.givenName | Adriana | |
person.identifier.ciencia-id | CF15-88FF-0B6A | |
person.identifier.orcid | 0000-0002-5709-6870 | |
person.identifier.rid | G-3392-2016 | |
rcaap.rights | openAccess | pt_PT |
rcaap.type | contributionToPeriodical | pt_PT |
relation.isAuthorOfPublication | a0b79ff2-acc2-48d7-a2b0-8c50298da608 | |
relation.isAuthorOfPublication.latestForDiscovery | a0b79ff2-acc2-48d7-a2b0-8c50298da608 |