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Advisor(s)
Abstract(s)
O edifício que hoje se conhece por Teatro Lethes começou por ser uma escola de Jesuítas, fundada p elo Bispo do Algarve D. Fernando Martins Mascarenhas e oficialmente reconhecida por Filipe I a 8-2-1599. Chamava-se Colégio de Santiago Maior de Faro, destinava-se ao ensino das letras e estabeleceu-se num edifício amplo e de fértil horta que o Prelado mandara restaurar após o saque efectuado pelas tropas do Duque de Essex em 1596. Abriu as suas portas a 26-9-1599 e subordinava-se à invocação de Santiago. Com o despotismo pombalino foi banida a Ordem e o Colégio de Faro encerrado em 1759. Vinte anos depois foi entregue aos padres Marianos ou Carmelitas Calçados, que em Faro possuíam já um hospício no mesmo edifício onde hoje se acha sediado o Montepio dos Artistas. Mas aos padres Marianos também a sorte não os favoreceu, pois que durante a ocupação de Junot serviu o Colégio de alojamento aos soldados franceses e de prisão a alguns exaltados patriotas. Pouco depois, em 1834, decretava-se a extinção das Ordens Religiosas. Os bens da Igreja foram alienados e em Faro almoedaram-se os quatro Conventos então existentes. A bela capela do Colégio viu-se então espoliada das suas alfaias, paramentos e imagens, que foram distribuídas pelos templos da cidade. Finava-se, assim, um lugar sagrado para que do mesmo chão despontasse um profano templo votado à arte de Talma.
Description
Texto da comunicação apresentada ao 5º Congresso do Algarve sobre uma das instituições emblemáticas da cidade de Faro, não só pela sua tradição e história na Arte de Talma como também na importância artística do próprio edifício no contexto do património histórico do Algarve.
Keywords
Teatro Lethes Faro Património histórico Algarve