Browsing by Author "Domingos, Eliete Maria Dos Santos"
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- Espaços verdes e saúdePublication . Domingos, Eliete Maria Dos Santos; Fernandes, Jacinta; Canas, RicardoPortimão, no século XIII, era um pequeno centro de pesca. No século XV, já era uma vila, o núcleo urbano rodeado por hortas e pomares foi protegido por muralhas. A construção destas e da Igreja Matriz constituíram o maior símbolo deste período. Do lado do oceano, as praias, as arribas e os rochedos litorais abrangiam a paisagem. A Vila Nova de Portimão desenvolveu-se para lá do perímetro muralhado pouco tempo depois da sua construção com o exemplar do Colégio dos Jesuítas. O terramoto de 1755 causou estagnação e a recuperação e desenvolvimento acontece com as indústrias de frutos secos e conserveiras de peixe. Foram construídos edifícios para acolher as pessoas vizinhas das zonas agrícolas de subsistência e infra-estruturas industriais. No século XIX, surgem as obras públicas que transforma a paisagem (a ponte rodoviária, o cais), sendo pontos de apoio para a actividade piscatória e escoamento da produção industrial, nomeadamente a exportação de conservas para todo o mundo. A malha urbana cresceu com a criação da zona industrial adjacente à zona ribeirinha. A vila foi elevada a cidade em 1924, sendo então, Presidente da República Manuel Teixeira Gomes, negociante e escritor, natural de Portimão. Aquando do declínio da indústria conserveira devido à concorrência estrangeira, à quebra nas pescarias, o turismo com a hotelaria e a restauração substituiu aquela economia. A Unidade do Centro de Saúde de Portimão funcionou no anexo dentro do antigo Hospital da Santa Casa de Misericórdia de Portimão, conhecido atualmente por Hospital de São Camilo. Em redor, desta unidade existiam espaços verdes constituídos por árvores, arbustos e herbáceas. No dia 25 de Maio de 2012 abriu o novo Centro de Saúde, mandado construir pela ARS Algarve, junto ao edifício do Hospital de São Camilo, com uma arquitetura de acordo com as normas de ventilação, de luminosidade e de saúde, daí resultaram espaços expectantes, a favorecer a respetiva entrada de ar. Deste modo, surgiu o complexo de quatro pátios interiores abertos, em estudo, contíguos às salas de serviços do edifício onde funciona a Unidade de Saúde ACES Algarve II, que se encontram no interior desta unidade. No presente relatório/dissertação de Mestrado em Arquitectura Paisagista é apresentada uma proposta de intervenção – o projeto de execução da requalificação paisagística dos espaços expectantes, para recriar parte da paisagem de origem do local e tornar todos os espaços convidativos a visitas e agradáveis aos sentidos, na óptica dos conhecimentos da Arquitectura Paisagista. Propõe-se elementos de composição vivos, equipamentos de estadia, descanso e apoio. O conceito de base de intervenção foi – A Biodiversidade e a Resiliência A primeira assenta na variedade de espécies, com cores, formas e texturas, e, responde à recuperação da qualidade do ambiente através dos elementos vivos introduzidos nos pátios, a segunda refere-se ao restabelecimento da capacidade dos profissionais de saúde devido ao cansaço inerente às suas atividades. A diversidade de vegetação contribui para a resiliência, estando esta implícita na biodiversidade.
