Browsing by Author "Pignaton, Ariadne Barreto"
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- Retábulos capuchos da província da PiedadePublication . Pignaton, Ariadne Barreto; Lameira, FranciscoApresenta-se, neste trabalho, um estudo monográfico sobre os retábulos existentes nos templos capuchos da Província da Piedade distribuídos no Alentejo e Algarve. O período de execução circunscreve-se entre 1702, data do exemplar mais antigo, e aproximadamente 1781, do exemplar mais recente. O objetivo principal deste estudo é identificar as características particulares dos retábulos dos conventos capuchos, como um conjunto, considerando que representam um panorama único da arte sacra em Portugal. Deste modo, o presente estudo permite conhecer um património singular, marcado por estilos e épocas que acompanhou com um ritmo próprio às inovações que se passavam no resto do país.
- Os retábulos capuchos das Províncias da Piedade e da SoledadePublication . Pignaton, Ariadne Barreto; Santos, José António C.A regra de São Francisco distanciou-se dos seus rigores, obrigando a reformas para corrigir práticas, que o tempo foi introduzindo no seio da Ordem. Destas reformas surgiu a Congregação do Santo Evangelho com o nome de Capuchos ou Ordem Capucha. Com o apoio do Duque de Bragança, os Frades Capuchos fundaram o primeiro convento, evocado à Nossa Senhora da Piedade, no ano de 1500, em Vila Viçosa. O crescente sucesso que alcançavam, aliado às reformas que haviam implantado, incrementou o número de seguidores que os apoiavam, levando-os a construir outros conventos em território nacional. Em 1509, um Breve do Papa Júlio II oficializou a Ordem que, em 1517, é elevada de Custódia da Piedade a Província da Piedade. O número elevado de conventos provocou dificuldades administrativas, o que obrigou a Província a dividir-se, demarcando o território através da linha do Tejo. Os conventos do Alentejo e do Algarve permaneceram na Província da Piedade, os da Beira e de Entre Douro e Minho passaram a constituir uma nova Província, a da Soledade. As esmolas que os Frades Capuchos recebiam permitiram ornamentar o interior dos templos com a arte retabular, um instrumento catalisador da fé, pois através das imagens envolvia os fiéis nas celebrações cristãs que nesses templos eram realizadas. Esta tese de doutoramento tem como objetivos; apresentar um inventário artístico exaustivo dos retábulos existentes nos templos Capuchos das Províncias da Soledade e da Piedade, distribuídos de norte a sul de Portugal; identificar as principais características dos retábulos dos conventos Capuchos integrados nas respetivas conjunturas artísticas, evidenciando as soluções formais e iconográficas patentes em cada uma destas fases; responder à questão da possível existência de uma estética própria da Ordem Capucha em Portugal. O período de execução destas obras circunscreve-se entre a segunda década do século XVII, data aproximada do exemplar mais antigo, e cerca do primeiro quartel do séc. XIX, data do exemplar mais recente. Excluem-se os equipamentos que foram introduzidos após o abandono dos edifícios pelos frades Capuchos, na sequência da extinção das ordens religiosas em 1834. Quanto aos procedimentos metodológicos, a pesquisa, sempre auxiliada com análise bibliográfica, empreendeu visitas in loco onde foi efetuado registo fotográfico. A abordagem foi qualitativa, dada a subjetividade dos métodos utilizados, nomeadamente, a análise fotográfica e a observação direta do objeto de estudo. Na apresentação e interpretação dos dados utilizou-se, também, uma análise quantitativa auxiliada em gráficos e quadros. A elaboração do inventário artístico, unificando as duas províncias da Soledade e da Piedade, e procurando identificar características e particularidades destes retábulos como um conjunto, é um trabalho original, não tendo sido anteriormente realizada nenhuma abordagem com esta perspetiva. Deste modo, o presente trabalho dá a conhecer um vasto património retabular marcado pelas diversas fases artísticas e que se encontra distribuído pelo território português. Assim, este estudo constitui um registo inédito de um património cultural e religioso que tende a desaparecer, visto que os conventos se localizam fora dos centros históricos e são na sua maioria ignorados pelas entidades responsáveis pela manutenção do património nacional.
