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- Estudo e controlo dos principais patogénios de origem alimentar em fruta minimamente processadaPublication . Graça, Ana Margarida de Sousa Prado Fernandes da; Nunes, Carla Alexandra Afonso; Quintas, CéliaOs objetivos do presente trabalho foram estudar a qualidade microbiológica de frutas minimamente processadas (FMP), o crescimento de microrganismos patogénicos em pera 'Rocha' e o efeito da iluminação Ultravioleta-C (UV-C) e água electrolisada ácida e neutra (AE), enquanto métodos de desinfeção, de maçã 'Golden' e pera 'Rocha'. As populações de microrganismos aeróbios mesófilos e psicrotróficos, bactérias ácido-lácticas (BAL), coliformes, fungos, Staphylococcus aureus, Salmonella spp. e Listeria monocytogenes foram estudadas em 240 amostras de FMP (maçã, abacaxi, manga, papaia, melão, melão Cantaloupe, melão Gália e melancia). O número de microrganismos mesófilos e psicrotróficos variou de 3,0-9,2 e 2,2-10,7 log ufc/g, respetivamente, de BAL de 1,9-9,0 log ufc/g e de fungos de 2,3-10,4 log ufc/g. Escherichia coli, Salmonella spp. e L. monocytogenes nunca foram detetadas mas os coliformes estiveram presentes na totalidade das amostras. E. coli, Salmonella enterica e Listeria spp. cresceram em pera com taxas específicas de crescimento elevadas a 12°C (1,94-2,6 dia-1) e a 20°C (2,68-3,08 dia-1), atingindo populações microbianas de 8,1-8,6 log ufc/g, em 24 h. A 4°C observou-se crescimento exponencial após fases de adaptação inferiores a 24 h para Listeria spp. e a 8 dias para as enterobactérias. A iluminação UV-C revelou-se um método muito eficaz de descontaminação de FMP tendo causado reduções de 1,0-3,4 log ufc/g nas populações de E. coli, S. enterica e Listeria spp. em maçãs e peras minimamente processadas enquanto que a AE resultou em reduções semelhantes às obtidas com hipoclorito de sódio (≈1 log ufc/g) tradicionalmente utilizado na indústria. A dose de UV-C 7,5 kJ/m2, foi a que originou reduções microbianas maiores. Nenhum dos métodos de descontaminação utilizados produziu alterações significativas da qualidade das FMP. Os resultados alertam para a importância da prevenção da contaminação, da aplicação de métodos de descontaminação eficazes e do controlo das condições de refrigeração durante o processamento e comercialização de FMP.
- Development of an iron oxide nanoparticle-activated carbon adsorbent for water treatment of common human pharmaceutical chemicalsPublication . Brion, Miguel Antonio M.; Teixeira, Margarida Ribau; Moreira, José A.Nas últimas décadas assistiu-se a um enorme crescimento da Industria Farmacêutica (World Health Organization, 2011), o que levou a um aumento exponencial da quantidade e do número de compostos de origem farmacêutica que se podem encontrar no ambiente (Weber et al, 2014). Este novo tipo de poluentes designados por “human pharmaceutical compounds” (HPCs), como o ibuprofen (IBU), o paracetamol (PAR), o ácido acetilsalicílico (ASA), ou a amoxicilina (AMOX). Quando consumidos, tanto as drogas não metabolizadas como os seus metabolitos são libertados no ambiente por via das excreções. Sendo as drogas, e, ou os seus metabolitos biologicamente ativos, mesmo uma pequena quantidade dos mesmos pode ter impacto sobre os seres presentes nos meios aquáticos (Bacsi et al, 2016). Sendo alguns destes compostos particularmente resistentes aos tratamentos comummente usados no processamento das águas residuais, tal tem levado à procura de novos processos de tratamento de águas residuais (Ghafoori et al, 2014). Neste trabalho mostramos os resultados obtidos com um novo material compósito criado de modo a maximizar a adsorção e a facilitar o processo de separação e regeneração do adsorvente. Assim damos conta da síntese do um adsorvente de carvão ativado com propriedades magnéticas (PACMAG), este material combina a capacidade de adsorção do carvão ativado pulverizado (PAC) e as propriedades magnéticas de nanopartículas de óxido de ferro (FeNPs). As nanopartículas de óxido de ferro (FeNPs) foram sintetizadas por coprecipitação em meio básico, por este método foi possível obter nanopartículas com um rendimento quantitativo, mostrando estas um potencial zeta positivo, e uma ponto de carga zero a pH entre 8 e 9. Estas partículas forma posteriormente embutidas em carvão ativado pulverizado, resultando o novo material PACMAG. Foi testada a capacidade de adsorção de diversos HPC, nomeadamente o IBU, o PAR e o ASA, pelo PACMAG. Foram realizadas isotérmicas ao longo de 24 horas. O IBU foi escolhido como composto modelo para os analgésicos aromáticos, tendo sido as condições otimizadas para este composto. O comportamento do IBU foi comparado com o da AMOX, um antibiótico não aromático. De acordo com os resultados obtidos para estes dois fármacos foi determinado que, para concentrações de 15 mg/L de droga, o tempo de contacto necessário é de 120 minutos, e que o conteúdo em PAC ótimo, do adsorvente, é de 300 mg/L. Nestas condições observou-se uma remoção de 92,22 ± 0,08 % e de 79,90 ± 0,05 % para o IBU e a AMOX respetivamente. Em condições idênticas, foram repetidos, os testes de adsorção do IBU e da AMOX, usando água residual (WW) de uma Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) como solvente. Nestas condições observou-se uma diminuição da quantidade de droga adsorvida para 49,52 ± 0,15 % e 26,54 ± 0,01% para o IBU e para a AMOX, respetivamente. Tal deve-se à presença de outras moléculas orgânicas que competem com os fármacos em estudo pelos sítios de adsorção. Aumentando a quantidade de PAC no adsorvente para 1000 mg/L, o que foi feito para o caso da AMOX, a remoção aumenta para 76,720 ± 0,001%. Finalmente mostra-se que o PACMAG pode ser regenerado usando a reação de Fenton. O PACMAG regenerado removeu 53,840 ± 0,004% de AMOX de uma solução AMOX-WW. De acordo com os testes de sedimentação o PACMAG necessita de apenas 5 minutos para na presença de um campo magnético sedimentar, de modo a permitir a sua separação da água tratada. Os resultados deste trabalho são uma contribuição para a melhoria dos processos de tratamento de águas residuais, em particular na remoção de HPC compostos cada vez mais prevalentes nas águas a tratar.