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- Novas abordagens no diagnóstico precoce da doença de AlzheimerPublication . Bruxo, Catarina de Almeida; Ramalhinho, Isabel Maria Pires Sebastião; Pinto, Rui Manuel AmaroO termo habitualmente utilizado para definir síndrome causada por doença cerebral é demência. Apesar de atualmente a designação mais correta e abrangente ser a de transtorno neurocognitivo, a palavra demência continua a ser amplamente utilizada. São muitas as patologias que podem estar associadas a este estado patológico e dados epidemiológicos sugerem que esta venha a afetar o dobro da população nos próximos 15 anos, podendo atingir cerca de 65 milhões em 2030, em todo o mundo. A doença de Alzheimer, doença neurodegenerativa crónica, é das manifestações mais comuns de demência. A sua etiologia ainda é desconhecida, embora existam vários fatores que parecem influenciar o desenvolvimento desta patologia. No entanto, por se tratar duma das principais formas de demência, com os números de incidência a aumentarem, especialmente devido ao facto da esperança média de vida ter vindo também a aumentar, existe grande preocupação em determinar as causas desta doença e em tentar reverter este processo neurológico. Até agora o diagnóstico da doença de Alzheimer, embora com bons resultados é feito em fase sintomática, altura em que não existe terapia eficaz e há maior dificuldade em reverter o défice cognitivo. Assim, a importância de diagnosticar a doença anos antes desta se manifestar tem ganho especial atenção nos últimos tempos, focando-se agora a investigação em biomarcadores que possam surtir tal efeito. Com esta monografia pretende-se fazer uma revisão das abordagens em estudo para o diagnóstico futuro da doença de Alzheimer, incluindo as várias vertentes disponíveis como a imagiologia, o estudo genómico, estudo cognitivo e análises clínicas. Em comparação serão também revistos os meios atualmente disponíveis para o diagnóstico.
- Mitigação do impacte ambiental nos ecossistemas marinhos dos fármacos provenientes das águas residuais das ETARPublication . Vargues, Filipa Maria Xavier; Teixeira, Margarida Ribau; Costa, Ana M. Rosa daOs sistemas costeiros marinhos apresentam elevada importância ambiental, são áreas de interface oceano-continente e assim são ambientes bastante dinâmicos, onde habitam diversos seres vivos, de todos os níveis tróficos, desde a zona bentónica à pelágica, passando por zonas mais salobras a mais salgadas. Atualmente, as zonas costeiras enfrentam o crescente desenvolvimento antrópico, pois proporcionam vários recursos (biológicos, minerais ou energéticos) ao homem, sendo necessária a sua preservação. Os fármacos são um grupo de compostos que, após excreção pelo organismo, são transportados através das águas residuais (ARs) para Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETARs), onde deveriam ser totalmente eliminados. Contudo, devido às suas características (moléculas pequenas, lipofílicas e resistentes à biotransformação), resistem aos processos de tratamento e persistem no efluente final que será descarregado em sistemas costeiros. Nestes, os fármacos causam diversos efeitos adversos, destacando-se incapacitação ou até mesmo morte de organismos, acumulação na água e sedimentos degradando todo o ecossistema. Assim, é de extrema importância a eliminação dos fármacos dos cursos de água. Desta forma, o objetivo deste trabalho é a otimização de uma tecnologia de tratamento para uma remoção eficiente de fármacos de ARs. Para cumprir este objetivo foi desenvolvido um procedimento de tratamento das ARs por adsorção em carvão ativado (CA) que visa a remoção de fármacos modelo -ibuprofeno e amoxicilina- e, posteriormente, os resultados foram usados num modelo de previsão (EQuilibrium Criterion) para prever a concentração no ecossistema após descarga dos fármacos pelas ETARs. Os resultados laboratoriais obtidos demonstraram remoções de fármacos superiores a 90% e de matéria orgânica superiores a 80%. O modelo de previsão indica uma diminuição significativa das concentrações destes fármacos na água, sedimento e biota. Desta forma, o processo por CA é uma técnica eficaz no tratamento destes fármacos em ARs com diminuição dos impactes negativos no ecossistema resultantes da sua descarga.
- Avaliação do impacto da subida do nível do mar nas praias encastradas da costa Sul do AlgarvePublication . Sousa, Maria Luísa Serrão Bon de; Ferreira, Óscar; Loureiro, CarlosAs previsões do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC) apontam para a subida do nível médio do mar (NMM) que, num cenário mais pessimista, pode chegar a 1 m em relação ao atual. Esta previsão de subida no NMM pode ter impacto na zona costeira a nível global, quer modificando a posição da linha de costa e a morfologia costeira, quer influenciando a economia das regiões costeiras. A costa sul do Algarve, no sul de Portugal, é fortemente influenciada pelo turismo de praia, sendo que as praias encastradas são utilizadas como cartão de visita da região. A subida do NMM e a impossibilidade de migração das praias encastradas para terra pode comprometer a largura e capacidade balnear destas. Neste estudo quantificaram-se e analisaram-se as alterações morfológicas provocadas pela subida do NMM nas praias encastradas da costa sul do Algarve, de acordo com as previsões do IPCC para 2100. Para tal analisaram-se perfis 2D, representativos das morfologias de praia, onde se aplicaram dois modelos para calcular o recuo da berma e da face de praia. Dos modelos utilizados, um foi desenvolvido por Taborda e Ribeiro (2015) e outro no decorrer do presente estudo. Os modelos assumem que nos perfis com berma há um recuo e elevação da berma, e que nos perfis sem berma a face de praia torna-se mais inclinada como resposta à subida do NMM. Calculou-se também qual a capacidade balnear das praias com a diminuição da largura do areal obtida, e como poderá afetar a economia local. Conclui-se que com a subida do NMM há uma redução da largura do areal, e consequente diminuição da capacidade balnear, o que é negativo numa região dependente do turismo. Propõe-se então uma realimentação sedimentar das praias como forma de mitigar as consequências da subida do NMM.
- Abordagem farmacológica da perturbação de hiperatividade e défice de atençãoPublication . Almeida, Catarina Cerqueira de; Fidalgo, João Pedro; Pinto, Rui Manuel AmaroCom uma prevalência global estimada em 5,29% e com um rácio rapaz/rapariga de 3:1, a Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA), surge no panorama nacional e internacional como uma das mais comuns desordens neuro-comportamentais diagnosticadas na infância. Tendo sido referida pela primeira vez há mais de um século, esta é uma desordem muito particular devido às três características que apresenta – hiperatividade, impulsividade e inatenção – que se revelam nos padrões comportamentais do dia a dia e que levam em muitos casos a uma redução tanto do desempenho educacional como da componente social, traduzindo-se em insucesso escolar, dificuldades de relacionamento com os colegas e nas relações com os adultos mais próximos (pais e professores).- Esta monografia aprofunda os mecanismos neurofisiológicos por detrás da patologia e conhecidos até ao momento, evidenciando a necessidade de diagnóstico precoce desta perturbação do foro neuro-comportamental. Estando normalmente associada a comorbilidades, o diagnóstico diferencial das mesmas é essencial, sendo atualmente possível na maioria dos casos através da terapêutica não-farmacológica e farmacológica controlar os sintomas major, apesar de se tratar de uma perturbação atualmente sem cura. Sendo utilizados fármacos desde uma idade jovem, é necessário compreender os benefícios que resultam da terapêutica e quais os efeitos adversos que desta podem surgir. Além disso, colocar-se-á em evidência todas as medidas que o farmacêutico pode tomar, enquanto principal agente do medicamento, no aconselhamento e posterior melhoria da qualidade de vida destes doentes e respetivas famílias.
- Aplicação de fitoterapia como terapêutica coadjuvante e preventiva das doenças inflamatórias intestinais: colite ulcerosa e doença de CrohnPublication . Felismino, Ana Catarina Prates; Varela, J.Resumo As doenças inflamatórias intestinais (DII) compreendem duas patologias: a colite ulcerosa (CU) e a doença de Crohn (DC), sendo ambas caracterizadas pela ativação do sistema imunitário, atuando ao nível do sistema gastrointestinal. A colite ulcerosa é caraterizada por inflamações descontroladas no cólon e no reto, enquanto que a doença de Crohn, apesar de se centrar igualmente numa inflamação descontrolada, ela pode ocorrer em qualquer parte do aparelho digestivo, começando pela cavidade oral, esófago, estômago, duodeno e intestino, prolongando-se até ao reto. Dependendo da localização e extensão da doença, os sinais e sintomas mais frequentes incluem, entre outros, dores abdominais, cólicas, diarreia, hemorragia retal, fatiga, febre e distensão abdominal. As causas das DII são ainda desconhecidas, apesar de se considerar uma interação entre fatores genéticos, imunológicos e ambientais. Em termos epidemiológicos, tem-se vindo a verificar um aumento da incidência em Portugal, fazendo com que estas doenças sejam alvo de estudo, permitindo o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas, em qualquer estádio. Corticosteroides, aminosalicilatos e derivados, imunossupressores e agentes biológicos, antibióticos entre outros, constituem a terapêutica clássica / convencional para o controlo das DII. Recentemente a aplicação da fitoterapia, que consiste no estudo de plantas que contêm compostos com propriedades com aplicação biomédica, tem vindo a ser utilizada não só como uma alternativa à terapêutica clássica, mas também como uma terapia complementar com foco na bioatividade de compostos presentes em algumas espécies medicinais. Esta monografia surge com o objetivo de demonstrar a importância e a eficácia desta componente fitoterapêutica, considerando a sua função complementar relativamente ao tratamento convencional farmacológico utilizado nos diferentes estádios das DII.
- Farmacogenómica do cancro da mamaPublication . Sousa, Beatriz Rosário Santos; Varela, J.O cancro é atualmente a doença mais letal a nível mundial, com 14,1 milhões de novos casos, dos quais resultaram 8,2 milhões de mortes em todo o mundo no ano de 2012. Só em Portugal verificou-se uma taxa de incidência de cancro da mama (bruta), no sexo feminino, de 110,12 por cada 100 mil habitantes. Contudo, tem-se verificado uma tendência positiva no que diz respeito às taxas de sobrevivência, graças à rápida evolução de novos métodos de diagnóstico e terapêutica inovadoras que vão surgindo. A carcinogénese do cancro da mama envolve, entre outros fatores, modificações genéticas que levam a alterações na função dos genes e que podem, inclusive, ser passadas às gerações seguintes. Este é um tipo de cancro com uma forte componente genética, pelo que atualmente são já conhecidas várias associações entre determinados genes com alelos mutantes, como o gene BRCA1 e o BRCA2, e o risco de desenvolvimento de cancro da mama. Nos últimos anos tem-se verificado um enorme progresso no tratamento desta doença com o desenvolvimento de fármacos mais seletivos, onde se incluem as terapias hormonais, como tamoxifeno ou os inibidores da aromatase (por exemplo, exemestano), e as terapias biológicas, onde o trastuzumab se inclui. A Farmacogenómica consiste no estudo dos fatores genéticos que afetam a função ou expressão de produtos génicos envolvidos na farmacocinética e farmacodinâmica de fármacos. Uma vez que existe uma variação muito significativa na resposta aos fármacos e, consequentemente, na taxa de sucesso da terapêutica em indivíduos submetidos a regimes equivalentes, o conceito de “medicina personalizada” tem vindo a ganhar cada vez mais interesse. Esta abordagem terapêutica tem sido implementada através da determinação das variantes genéticas de cada doente a partir de testes genómicos como o MammaPrint® ou o Oncotipo DX®, cujos resultados podem ser usados na seleção do tratamento mais seguro e eficaz de pacientes com cancro da mama.