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- Caracterização de bacias de retenção no AlgarvePublication . Pires, Bruno Miguel Rodrigues; Isidoro, JorgeA presente dissertação teve como âmbito de trabalho as bacias de retenção existentes na região do Algarve Estas bacias são importantes estruturas para a mitigação dos efeitos das cheias, tendo como propósito a gestão do escoamento de origem pluvial, reduzindo os valores de ponta causados nomeadamente pelas alterações nas condições de ocupação das bacias de drenagem, e evitando assim a degradação do meio recetor a jusante. As cheias são um fenómeno natural que não pode ser evitado, e que pode pôr em causa a segurança de pessoas e bens. Porém, é possível e desejável reduzir a sua perigosidade e consequências que lhes estão associadas. A existência de cadastro contendo as características das bacias de retenção em operação possibilita, através da posterior monitorização do funcionamento das mesmas, aferir do seu real desempenho hidrológico e hidráulico, permitido estabelecer ou definir critérios de dimensionamento, construção e manutenção mais adequados no futuro. Os dados recolhidos possibilitam também desenvolver análises custo-benefício mais rigorosas para que se considerem, ou não, as bacias de retenção como medida de remediação válida em cenários de alteração do tecido urbano. Na realização deste trabalho analisaram-se todos os processos de autorização e licenciamento entre 2005 e 2015 que potencialmente pudessem exigir a construção de bacias de retenção no Algarve. A não existência de uma figura de licenciamento específica para as bacias de retenção implicou a análise sumária de um vasto número de casos, concretamente, 403. No final desse trabalho, triaram-se 28 situações que contemplavam efetivamente bacias de retenção. A recolha de informação sobre estas bacias fez-se segundo os moldes de uma matriz multicritério elaborada para o efeito, que procurou caracterizar o essencial da informação de projeto e obra destas estruturas. A dissertação teve assim por objetivo o estudo e caracterização das bacias de retenção existentes na região do Algarve. Quantas são, de que tipo, qual o rigor no seu dimensionamento e execução, quais as suas funcionalidades, o porquê de apesar de previstas em projeto ou em sede de licenciamento não terem sido executadas, quais os materiais e processos construtivos utilizados, entre outras, são questões para as quais se procurou dar resposta. Da recolha de informação é claro um predomínio das bacias secas a céu aberto em termos de tipologia, sendo que na maioria dos casos os processos construtivos são relativamente simples, onde a mobilização de terras para modelação do terreno representa a maior parte dos trabalhos. O método mais comum em projeto para determinar o caudal de ponta é a Fórmula Racional. Em 35% dos casos o dimensionamento do volume das bacias de retenção não é descrito. Quando a informação existe, nota-se um peso significativo da utilização da fórmula que consta no Decreto Regulamentar n.º 23/95 para determinação do volume (29%). Somente em situações pontuais foram utilizados modelos de simulação hidrológica. A opção sobre o tipo de descarga recaiu quase sempre em descarregadores de soleira espessa (43%) ou orifícios (36%). Como a maioria das bacias sujeitas a licenciamento não foi construída, as conclusões que se poderiam retirar em relação à adequação do tipo de bacia ou forma de cálculo da mesma ficaram limitadas.
- A teoria da mente em indivíduos socialmente ansiosos e não ansiosos – perspetiva social-cognitivaPublication . Rijo, Verónica Azenha; Gomes, AlexandraA ansiedade social é entendida como uma perturbação que afeta a capacidade para interpretar pistas sociais e prever os comportamentos dos outros, nomeadamente o que se designa por Teoria da Mente. Esta capacidade cognitiva e socialmente adaptativa parece ser sensível ao sexo, com as mulheres a apresentarem desempenhos melhores. Contudo, a literatura carece ainda de confirmação destes resultados. Neste contexto, o objetivo do presente estudo foi verificar o efeito da ansiedade social e do sexo na teoria da mente, particularmente na dimensão social-cognitiva. Foram constituídos dois grupos, com e sem ansiedade social, e controlado o sexo dos participantes. A amostra final foi constituída por 39 adultos portugueses, dos quais 24 mulheres e 15 homens. Foram considerados critérios de exclusão patologias de neurológicas, doença psiquiátrica e défice cognitivo. Foi ainda garantida a homogeneidade de características sociodemográficas entre os grupos de análise. A recolha de dados foi conduzida em dois momentos distintos, um para classificar o grau de ansiedade e o segundo para aplicação do Faux-pas Recognition Test. Os principais resultados mostraram não existir um efeito significativo da interação entre o sexo e a ansiedade social. Contudo, tendencialmente verificou-se que as mulheres não ansiosas desempenham melhor do que os restantes grupos de análise. Observou-se ainda, que nas dimensões da Empatia, Intenções e Compreensão geral da história, os homens ansiosos melhoram o seu desempenho, superando as mulheres ansiosas. Parece que nas mulheres há um prejuízo das capacidade interpretativas, provocado pela ansiedade social, enquanto nos homens ansiosos, o aumento da atenção às pistas sociais parece favorecer o seu desempenho. Apesar de existirem várias limitações relacionadas com a dimensão da amostra e forma de recolha de dados, de futuro deverá existir uma preocupação em estudar o processo relacionado com a forma como cada sexo faz uso desta capacidade, sugerindo-se estudos que meçam também o tempo de reação. Apesar dos resultados não terem ido ao encontro do esperado, considera-se que o estudo contribui para uma melhor perceção das dificuldades relacionais encontradas em sujeitos com determinadas características patológicas, como a ansiedade social.
