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- A representação social do trabalho como preditor do commitment e do burnoutPublication . Machado, Diana Carolina; Gomes, AlexandraO estudo da saúde mental dos trabalhadores tem recebido uma crescente atenção nas últimas décadas devido à globalização e às várias mudanças que se tem verificado no ambiente de trabalho. Dessas mudanças, destaca-se a intensificação do trabalho, a alta produtividade, o avanço tecnológico e a precarização das relações de trabalho (Zanelli, 2010, cit. por Mundim, 2012). As mudanças verificadas, para além de terem a si associadas alterações no local de trabalho, vão implicar alterações no trabalhador e que nem sempre resultam em consequências positivas. No sentido de compreender esta relação, o estudo procura compreender em que medida a representação social do trabalho é um preditor do commitment e do burnout nos trabalhadores portugueses. O conceito de representação social é frequentemente utilizado nas ciências sociais e humanas (Castro, 2002; Wolter, 2018) e pode ser definido como um sistema de crenças enraizadas no contexto histórico e cultural influenciado por mitos, valores e crenças pré-existentes e que são partilhados pela memória social dos sujeitos (Pavetti, 2005, cit. por Faria, 2019). De forma a entender em que medida a representação social influência o commitment nos trabalhadores foi desenvolvido um estudo que procura compreender a relação entre estes dois construtos. Assim, o commitment é definido como um laço psicológico que caracteriza a ligação do indivíduo à organização e que reduz a probabilidade de ele a abandonar (Allen & Meyer, 2000). Analisado o conceito e as suas consequências foi possível denotar que vários estudos têm sido desenvolvidos no âmbito de compreender a relação existente entre o commitment e o burnout. Quando procedemos à análise e à avaliação do burnout nos trabalhadores, os autores afirmam que o commitment deveria ser considerado um dos principais fatores na explicação do surgimento do burnout (Enginyurt, Cankaya, Aksay, Tunc, Koc, Bas & Ozel, 2016). Nesse sentido, o burnout define-se como uma resposta ao stress laboral crónico e que refere a uma experiência subjetiva de caráter negativo e que é composta por cognições, emoções e atitudes negativas no ambiente de trabalho (Gil-Monte, 2005).
