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- Fatores organizacionais determinantes do atraso e acesso às terapias de reperfusão no acidente vascular cerebral isquémico: revisão sistemática da literaturaPublication . Botelho, Ana Cristina Oliveira Duarte; Ferreira, Eugénia Maria Dores Maia; Nzwalo, Hipólito José da SilvaIntrodução: Após o Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquémico existe uma janela temporal para a administração de terapias de reperfusão aguda (trombólise e trombectomia). Apesar dos benefícios das terapias de reperfusão estarem inequivocamente demonstrados, o acesso às mesmas continua reduzido. A organização do atendimento ao doente com AVC está entre os principais determinantes do acesso a estas terapias. Este trabalho sistematiza o conhecimento sobre os fatores organizacionais que determinam o acesso às terapias de reperfusão aguda no AVC isquémico. Metodologia: Revisão da literatura, através das bases de dados Pubmed e Scopus. Para pesquisa de literatura cinzenta foram usados a OpenGrey e o Google Scholar. A análise da qualidade dos estudos foi realizada pela Newcastle-Ottawa Scale. Resultados: Foram incluídos 128 estudos. Os fatores pré-hospitalares mais prevalentes foram o atraso da ativação da emergência médica (EM), a pré-notificação, o uso da ambulância e a ausência de estratégias específicas de redução do impacto da distância do doente às unidades hospitalares. Os fatores intra-hospitalares mais frequentes foram a existência de UAVC, a localização dos meios de imagem, e a existência de protocolos específicos para o AVC. As estratégias usadas para melhorar o acesso às terapias que mostraram ser eficazes no aumento do número de doentes tratados e na redução dos tempos pré e intra-hospitalares foram: ações de educação da população e das equipas de profissionais, a existência de Unidades Móveis de AVC, a pré-notificação hospitalar e a implementação de protocolos específicos. Conclusões: Esta revisão sistemática da literatura demonstrou que medidas de gestão e organização, na sua maioria aplicáveis em qualquer contexto, reduzem o atraso e aumentam o número de doentes que beneficiam das terapias de reperfusão aguda no AVC isquémico.
- Contributos da participação pública na construção da consciência ambiental no âmbito do processo de avaliação ambientalPublication . Nunes, Sara Dias; Antunes, Carla Rolo; Nascimento, Fausto Hidalgo doA avaliação ambiental é uma ferramenta proactiva que avalia os impactos ambientais de dada proposta. O procedimento de avaliação tem várias fases, que cooperam para uma tutela preventiva e sustentável do ambiente. A participação pública tornou-se numa das suas partes vitais, por alertar o senso comum dos efeitos negativos das soluções adotadas, enriquecer as metodologias de planeamento e estimular a cidadania ativa. Contudo, tem enfrentado problemas e suscitado dúvidas quanto à sua aplicação, resultando num certo ceticismo sobre o desempenho e poder de influenciar decisões. O objetivo do trabalho consiste na análise dos contributos da participação pública na construção da consciência ambiental no âmbito do processo de avaliação ambiental, bem como, descrever a experiência adquirida no atelier de arquitetura paisagista FHN Group, em Faro e apresentar os resultados da investigação aplicada sobre as fases de participação pública da Avaliação de Impacte Ambiental do Campo de Golfe da Feitoria Fenícia e da Avaliação Ambiental Estratégica do Plano de Pormenor da Feitoria Fenícia (Silves). Os resultados revelam que a participação pública, de forma geral, é reduzida e que o défice participativo provém de várias barreiras que afetam a capacidade de participação dos indivíduos, nomeadamente a dificuldade de acesso à informação e o facto de, por vezes, estas ações serem geralmente teatrais para que, determinado projeto/plano seja aprovado e não como auxiliares na tomada de decisão. No entanto, considera-se que ao longo dos últimos anos, estes processos têm-se tornado numa ferramenta cuja capacidade de resposta foi melhorada, em que a qualidade das decisões tomadas melhorou, sobretudo nas medidas de mitigação adotadas, no uso de premissas mais rigorosas e, eventualmente, a não implementação de propostas potencialmente prejudiciais ao ambiente que, em situação anterior, poderiam ter sido aprovadas. Os contributos propostos assentam numa nova estrutura de participação pública, para potenciar a construção da consciência ambiental das comunidades.