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- Fatores influenciadores da certificação, manutenção e descertificação de sistemas de gestão da inovação pela norma NP 4457:2007Publication . Saboya, Liana Mendes de; Cândido, Carlos; Cesário, M.A fim de estabelecer uma cultura de inovação, as organizações têm apostado nos chamados “Sistemas de Gestão da Inovação”, conjunto de procedimentos e práticas organizacionais que aceleram a conversão da estratégia de inovação em ações eficazes. No entanto, a gestão sistemática da inovação não é um processo fácil e nem automático, pois exige conhecimentos e habilidades, e pode diferir de uma organização para outra. As organizações de um modo geral apresentam baixo nível de maturidade quando o tema se refere a sistemas e padrões de gestão da inovação. Estudos abordando alguns aspectos deste assunto foram publicados. No entanto, ainda faltam na literatura estudos sobre os fatores influenciadores da manutenção e da descertificação na NP 4457, assim como pesquisas relacionadas às expectativas de desempenho empresarial quando da opção pela descertificação deste normativo. Por este motivo, esta pesquisa se mostrou relevante, uma vez que aborda um tema novo e importante para o meio acadêmico e para as organizações, principalmente, às de Portugal. Os resultados desta investigação demonstraram que os benefícios obtidos com a certificação na NP 4457:2007 estão fortemente relacionados com as motivações que levaram as empresas a buscar a certificação, corroborando assim com outros estudos já publicados e que as motivações e os benefícios auferidos são, predominantemente, internos (melhorias organizacionais). Outro resultado importante deste estudo foi a identificação da não propensão para perda, cancelamento ou abandono da certificação na NP 4457 por parte das empresas atualmente certificadas, uma vez que estas empresas têm usufruído de vantagens com a manutenção do certificado, a exemplo da sistematização e melhoria dos processos; do ganho de maturidade do SGIDI; do desenvolvimento de uma cultura de inovação, comunicação e discussão interna; e da melhoria da capacidade de inovação da empresa. E que uma eventual descertificação, implicaria na perda destes e de outros benefícios provenientes da certificação na NP 4457.
- Biomarcadores farmacogenómicos/farmacogenéticos aplicados à efetividade e segurança da terapêutica farmacológica no cancro colorretal: revisão sistemática da literaturaPublication . Sousa, Cláudia Sofia Silva; Advinha, Ana Margarida MolhinhoIntrodução: O cancro colorretal era subdiagnosticado há muitas décadas. No entanto, nos dias de hoje, é um dos tipos de cancro com maior incidência a nível global, sendo responsável por uma elevada taxa de morbilidade e mortalidade. Desde 1957 que o 5-fluorouracil tem sido o principal suporte no tratamento do cancro colorretal. Ao longo do tempo foram surgindo vários fármacos como a capecitabina, o irinotecano, a oxaliplatina e, mais recentemente, alguns anticorpos monoclonais. Com base nestes fármacos existem diferentes regimes terapêuticos que são selecionados considerando fatores específicos do tumor e do indivíduo, o que tem contribuído para o aumento da sobrevida destes doentes. No entanto, alguns problemas como a margem terapêutica estreita, a variabilidade de resposta e a toxicidade associada podem estar inerentes a estes regimes e causar um impacto negativo na qualidade de vida dos doentes. Neste sentido, importa otimizar a abordagem terapêutica, podendo para tal explorar-se a possibilidade de utilização de biomarcadores farmacogenómicos que permitam prever a relação de benefício-risco de cada fármaco, em cada indivíduo, quer em termos de efetividade, quer de segurança. Método: Foi efetuada uma revisão sistemática da literatura (RSL) tendo em conta os fármacos utilizados nos protocolos terapêuticos para esta doença com autorização de introdução no mercado (AIM) em Portugal, bem como os biomarcadores farmacogenómicos já identificados nos resumos das características dos medicamentos (RCM) correspondentes. O objetivo foi identificar estudos disponíveis na literatura internacional, que descrevessem e caracterizassem, tanto os biomarcadores encontrados nos RCM, tal como possíveis candidatos. Resultados: Dos 13 fármacos selecionados, apenas 10 continham informação farmacogenómica no seu RCM. Relativamente à RSL, o biomarcador mais vezes identificado foi o UGT1A1 seguido da DPYD. A RSL revelou que também existem outros biomarcadores relevantes a serem explorados, especialmente no caso da oxaliplatina e do irinotecano. Conclusão: A maior parte das variantes farmacogenómicas estudadas não estão validadas nem são reconhecidas pelos testes genéticos, carecendo de investigação científica que comprove efetivamente a sua utilidade na prática clínica. Atualmente, um pequeno número de biomarcadores está validado e a sua utilização aquando da prescrição de fármacos para o cancro colorretal é escassa. Com isto, é necessário criar condições para implementar a farmacogenómica na prática diária, investindo não só na investigação, mas também na formação dos profissionais de saúde para esta temática.