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- A influência do stress nas funções executivas cognitivas e emocionaisPublication . Dionel, Gabriel António Ferreira; Inácio, Filomena CaféO stress pode ser caracterizado como uma resposta comportamental e fisiológica que ocorre perante dificuldades, ou eventos, que o indivíduo tem de ultrapassar utilizando os recursos e meios que dispõe. Alguns estudos têm demonstrado que o stress pode influenciar o funcionamento executivo, comprometendo tanto o sistema executivo cognitivo como o sistema executivo emocional. O presente estudo procurou investigar a relação entre o stress e o funcionamento executivo, explorando o seu efeito em ambos os sistemas separadamente. A amostra incluiu 46 estudantes universitários com idades compreendidas entre os 18 e os 40 anos, sendo que 25 foram expostos a uma manipulação que tinha o intuito de induzir stress e os restantes integraram o grupo de controlo emparelhado por idade e escolaridade. Foram avaliadas funções executivas cognitivas e emocionais, nomeadamente a atenção e controlo inibitório, memória de trabalho, flexibilidade cognitiva e teoria da mente, tendo sido utilizado o Stroop Color and Word Test e um Stroop Emocional; a prova de Memória de Dígitos da Wechsler; uma prova de Fluência Verbal; o Trail Making Test e Faux Pas Recognition Task. Os resultados revelam que os participantes do grupo experimental demonstram um melhor desempenho no tempo de resposta tanto do Stroop Color and Word Test Cognitivo como do Stroop Emocional, e na percentagem de acertos das respostas certas no Stroop Emocional. Estes resultados revelam que, de facto, o stress demonstra uma influência em ambos os sistemas, contudo contrária ao que se esperava inicialmente. Conclui-se que o stress pode afetar tanto as funções executivas cognitivas como as emocionais, sendo importante explorar e avaliar separadamente cada sistema, dado o espetro de influência que o stress pode manifestar no funcionamento executivo.
- O efeito da valência emocional no reconhecimento de palavras na síndrome do intestino irritávelPublication . Cabral, Sabrina de Fátima Oliveira; Reis, AlexandraO presente estudo procurou testar em sujeitos com Síndrome do Intestino Irritável se os tempos de resposta no reconhecimento de palavras é modulado pela valência emocional, nomeadamente se as palavras com valência negativa levam mais tempo a ser processadas confirmando a possível existência de um viés atencional para estímulos negativos quando comparado com estímulos positivos e neutros. Para isso, 103 participantes foram divididos em dois grupos de acordo com a presença ou não de SII para responderem a uma Tarefa de Decisão Lexical, onde se controlou a valência, arousal, frequência e comprimento dos estímulos. Comparativamente ao grupo controlo, o grupo SII apresentou o mesmo padrão de resultados: nas palavras de alta frequência não existe efeito da valência e nas de baixa observa-se que as palavras de valência negativa têm tempos de reconhecimento mais longos comparativamente às neutras e às positivas. No entanto, verificou-se um efeito de grupo significativo: o grupo da Síndrome do Intestino Irritável leva mais tempo a reconhecer todas as categorias de estímulos, independentemente da valência. Em suma, os resultados obtidos neste estudo indicam que apesar do padrão de resposta ser semelhante nos dois grupos, o grupo da Síndrome do Intestino Irritável apresenta tempos de resposta mais longos para todas as categorias de estímulos. Também, em ambos os grupos e nas palavras de baixa frequência, as palavras negativas são reconhecidas significativamente mais tarde que as neutras e as neutras comparado com as positivas. Ainda, o facto de o grupo da Síndrome do Intestino Irritável ser mais lento do que o grupo de controlo poderá dever-se a estes participantes estarem mais deprimidos interferindo na sua velocidade de processamento.