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- A iconografia de África na cartografia portuguesa no início da Idade Moderna (sécs. XV e XVI)Publication . Firmino, Henrique Borges Rosa e Costa; Araújo, Renata Klautau Malcher deA Cartografia tem sido alvo de inúmeros estudos, investigações e debates ao longo dos séculos, seja pela sua história ou pela influência que teve em momentos marcantes da Humanidade. Durante os Descobrimentos, a cartografia foi uma das ferramentas de orientação das navegações, e consequentemente, um meio de expressão das novas descobertas. No impulsionar da Era dos Descobrimentos, a imagem passou a ter um peso intrínseco às cartas, uma vez que estas representavam, geralmente, interesses político-religiosos, interesses nacionais, ou interesses de cariz social. A iconografia, por sua vez, na forma de iluminuras e miniaturas pintadas nos pergaminhos com as partes do mundo se queria representar já desenhada, foi recorrente na cartografia medieval e manteve-se até à Modernidade, muitas vezes evidenciando as novas descobertas, mas quase sempre interpretativa num dado contexto ou espaço geopolítico, evidenciando uma linha unilateral e uma leitura enviesada dos mapas. Simultaneamente, a empresa dos descobrimentos portugueses auxiliou-se da cartografia para mapear, representar e ilustrar as terras e povos recém-descobertos, exaltando cada vez mais a conquista de territórios antes desconhecidos. A presente tese pretende demonstrar como a cartografia quinhentista serviu para legitimar as conquistas e empresas ao longo da costa africana, mas também para dar a conhecer ao Ocidente uma parte até então pouco conhecida. O objetivo será estudar o caso africano recorrendo às imagens, mitos e iluminuras presentes na cartografia portuguesa, enquanto elementos de expressão artística, mas também de representação socio-político-religiosa da África subsaariana, na ótica europeia.