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Mendonça Seabra da Silva Andrade de Carvalho, Ana Alexandra

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  • 'Je est un autre'. Maupassant et l'angoissante altérité du Moi
    Publication . Mendonça Seabra da Silva Andrade de Carvalho, Ana Alexandra
    Maupassant dissects, from a pessimistic perspective, the social and human universe of his time, describing both Parisian life and that of Normandy. Author of several novels, he is truly a master of short stories. His aesthetic seeks efficiency, valuing the power of image, sobriety and rigor of expression. On the other hand, the writer also cultivates the fantastic genre, providing it with innovative elements such as the internalization of strange phenomena, based on the disorder of reason, inner anguish, imaginary and obsessive fears, questioning mankind about its own identity. For this disciple of Flaubert, the real world (both nature and society) is in its essence bad and absurd. So, his fantastic stories are marked by the sobriety of processes and elements; they immerse us, however, in the universe of anxious fear that comes from within. Above all, there is the fear of the invisible, the phobia of madness and the attraction of suicide as the ultimate salvation. We’ll revisit six Maupassant’s short stories (Sur l’eau, Lui?, Un fou?, Lettre d’un fou, Le Horla, and Qui sait?) where everyday life appears so frightening by its strangeness and cruelty and the theme of the Doppelgänger is developed.
  • Crime e Mistério ao redor do Pianista de Truffaut
    Publication . Mendonça Seabra da Silva Andrade de Carvalho, Ana Alexandra
    À frente do seu tempo, Tirez sur le Pianiste (Disparem sobre o Pianista) é um filme francês de 1960, que podemos incluir no género film noir, embora realizado no espírito da Nouvelle Vague por François Truffaut, também coautor do argumento com Marcel Moussy, a partir do romance policial contemporâneo de David Goodis, Down There. Trata-se de uma adaptação bastante livre, produzida por Pierre Braunberger para Les Films de La Pléiade. Neste film noir com apontamentos de comédia, drama e romance, narra-se as aventuras do misterioso pianista Charlie Kohler quando se vê involuntariamente envolvido no submundo do crime e numa nova paixão amorosa. Pretendida homenagem do realizador ao clássico film noir americano e europeu, nesta obra cinematográfica, procede-se, contudo, a uma experimental justaposição de estilos, uma vez que o cineasta mistura géneros e emoções, levando-nos do suspense aos diálogos cómicos e aos flashbacks ao passado melodramático do pianista. Truffaut diverte-se e diverte-nos, multiplicando as surpresas e as digressões. Na verdade, a intriga de crime e mistério que decorre ao longo de todo o filme e participa ativamente na sua construção serve, sobretudo, de pretexto para a abordagem da temática principal da cinematografia de Truffaut: o amor e a complexidade das relações humanas. Daí decorre o fascínio que este filme continua a exercer junto dos cinéfilos.
  • Vermeer, Bergotte e Marcel Proust
    Publication . Mendonça Seabra da Silva Andrade de Carvalho, Ana Alexandra
    Para Marcel Proust, a arte permite transfigurar o real, sublimá-lo e, por vezes, compreendê-lo de uma forma inédita e inesperada. No seu romance monumental, À la Recherche du Temps Perdu, Proust propõe um verdadeiro diálogo entre as várias artes, nomeadamente entre a literatura e a pintura: em vez de produzir puras descrições de obras de arte separadas do seu contexto, ele usa-as para oferecer um discurso enriquecido e iluminado sobre o real. Da mesma forma, o real das experiências vividas pode referir-se à arte. Para além de uma narrativa de uma determinada sequência de acontecimentos, esta obra romanesca abarca muito mais do que as memórias pessoais do narrador, procurando, sobretudo, promover uma reflexão sobre a literatura e a arte, a memória e o tempo. Aqui, estes elementos dispersos revelam-se interligados quando, a partir de todas as suas experiências negativas ou positivas, o narrador-personagem descobre o sentido da vida na arte e na literatura no final de Le Temps Retrouvé. Assim, a partir da questão da importância da arte na Recherche, gostaríamos de evocar, neste artigo, a simbologia, na definição da escrita proustiana, de um pormenor particular percecionado por Bergotte no célebre quadro de Vermeer intitulado Vista de Delft (1660-61): “le petit pan de mur jaune”.