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- Endoperóxidos com actividade antimalárica: estrutura, reactividade e actividadePublication . Guerreiro, Bruno Emanuel de Campos Guerreiro; Cristiano, Maria Lurdes SantosA Malária é uma das doenças infecciosas que mais mata a nível mundial e afecta a humanidade há milénios. É causada por parasitas unicelulares protozoários do género Plasmodium e transmitida por mosquitos fêmea do género Anopheles, sendo a Malária causada por P. falciparum de longe a forma mais grave da doença. O crescente aparecimento e disseminação de estirpes resistentes aos fármacos mais utilizados, como a cloroquina e a mefloquina, principalmente de P. falciparum, bem como a resistência do mosquito vector aos insecticidas utilizados, levaram a um aumento dos casos de Malária em todo o mundo nos últimos anos tendo recentemente a OMS considerado a Malária uma doença tropical de intervenção prioritária. Assim, com o parasita a esgotar as reservas de antimaláricos mais eficazes e seguros, a descoberta da Artemisinina na década de 1970 forneceu alguma esperança no combate à Malária e permitiu a exploração de uma nova classe de antimaláricos, os endoperóxidos antimaláricos. Estes compostos, com uma extraordinária actividade antimalárica e sem grande toxicidade associada, têm um mecanismo de actuação diferente dos fármacos tradicionalmente usados e não apresentam resistência cruzada com estes. A busca de um fármaco que conjugasse uma boa actividade antimalárica com boas propriedades farmacocinéticas e toxicológicas, e que fosse barato, levou ao desenvolvimento dos derivados sintéticos da artemisinina, sendo as classes de derivados 1,2,4-trioxolanos e 1,2,4,5-tetraoxanos as mais promissoras, estando actualmente três derivados já em ensaios clínicos: os trioxolanos OZ277 (arterolano) e OZ439 e o tetraoxano RKA 182.