Tectono-magmatic processes at the Azores triple junction

Lourenço, João Nuno Vilhena de Sousa

http://hdl.handle.net/10400.1/789

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Authors

Lourenço, João Nuno Vilhena de Sousa

Advisor(s)

Miranda, Jorge Miguel Alberto

Ribeiro, António Augusto Ramos

Abstract(s)

Apresentam-se resultados de estudos multi-disciplinares, centrados na interacção espacio-temporal entre o Ponto Quente dos Açores (PQA) e a Junção Tripla dos Açores (JTA) no decurso da evolução geodinâmica da plataforma vulcânica dos Açores e sintetiza-se um modelo tectono-magmático para a JTA na actualidade. Desde os 33.4 Ma o regime tectónico prevalecente é trans-tractivo com rotação progressiva das direcções de abertura Eurásia-Africa de ca. N-S para ca. ENE-WSW. Desde aquela idade os Açores apresentam um comportamento cinemático independente e possivelmente dominado por deformação distribuída. A máxima interacção entre o PQA e a JTA ocorre entre os 20 Ma e os 10 Ma. Consequentemente entre os 33.4 e os 20Ma os Açores terão resultado de um controlo tectónico proeminente e reduzida influência do PQA. O desenvolvimento das cristas vulcânicas lineares (CVL) é associado à progressiva migração para NW do JTA de um contexto intra-transformante desde os ca. 15 Ma. No presente considera-se que persiste a propagação das CVL para WNW. A modelação de dados GPS, permite definir na actualidade a fronteira de placas Euro-asiatica e Núbia no Eixo da Terceira e no alinhamento Faial-Pico. Propõe-se que a zona inter-placa entre estes dois eixos principais activos corresponde a um domínio de deformação distribuída não coaxial em regime de trans-tracção. Nesta zona ocorre partição entre processos de rifting (dominados por magmatismo) em tracção pura normal às CVL, processos de cisalhamento com desligamentos esquerdos (NNW-SSE) e zonas de acomodação (WSW-ENE). Contrastando, o padrão de falhamento no sector imediatamente a Leste da ilha Terceira, é interpretado como resultado de um regime de alastramento oblíquo focalizado no eixo da terceira, com deformação co-axial, e um campo de tensões com compressão máxima vertical e compressão mínima sub-paralela às direcções de abertura previstas pelos modelos cinemáticos NUVEL-1A ou baseados em GPS (e.g. REVEL ou DEOS2K).