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Understanding sperm whale (Physeter macrocephalus) in Pico Island, Azores

datacite.subject.fosCiências Naturais::Outras Ciências Naturaispt_PT
dc.contributor.advisorCastilho, Rita
dc.contributor.advisorSantos, Rui Peres dos
dc.contributor.authorSubiron Moreso, Gerard
dc.date.accessioned2023-04-11T13:50:08Z
dc.date.available2023-04-11T13:50:08Z
dc.date.issued2021-11-18
dc.description.abstractPhoto-identification has proven a reliable tool to study cetacean species such as the sperm whale (Physeter macrocephalus). Sperm whales have a worldwide distribution that differs between females and males. Females and immature social units are mostly found in tropical and subtropical waters such as the Azores, and males more frequently in higher latitudes. In this study, the use of whale watching as an opportunistic platform to acquire almost year-round data, allowed to assess the sperm whale occurrence, distribution, social structure, and behaviours displayed around Pico Island, Azores during a seven-year period (2012 to 2018). Individuals were photo-identified, and a database of 4851 fluke photographs were visually analysed by three independent researchers, which yielded a sperm whale catalogue for Pico (n = 516). From all catalogued whales, most were sighted only one time in the study period (78%). However, for some individuals it was found a pattern of seasonal residency, with times of individual permanence up to 72 days. Most sightings accounted for females and immature individuals, including calves, which appeared more abundant in summer. Sperm whales off the Azores presented a similar unit size displayed in other regions of the Atlantic Ocean. Male sperm whales, despite the small sample size, were more abundant in summer, and presented different foraging diving times than females. Spatial distribution analysis was performed by calculating the encounter rates for the study area using the sightings and effort. We observed homogeneous distribution, although additional research should be made in some areas. Environmental variables such as depth, distance to coast and sea surface temperature appeared to be a factor influencing the sperm whale occurrence in the area, and more research is needed to provide conclusive answers. Opportunistic platforms such as whale watching, despite some limitations, have proven helpful to obtain cost-efficient and reliable data for research purposes.pt_PT
dc.description.abstractO cachalote (Physeter macrocephalus) é considerado, por muitas razões, um animal de extremos: grandes dimensões corporais, dimorfismo sexual, mergulhos profundos e longos, ampla distribuição, entre muitas outras. São as espécies mais icónicas do mar dos Açores, fundamental para o desenvolvimento do Arquipélago durante o período da “Caça à Baleia”, sendo atualmente o principal alvo da atividade de observação de cetáceos, e de diversos trabalhos de investigação. É uma espécie presente em todos os Oceanos, mas a sua distribuição difere substancialmente entre as fêmeas e machos. As fêmeas habitam águas tropicais e subtropicais como os Açores, e os machos habitam latitudes mais elevadas, inclusive zonas polares, e só regressam a latitudes mais baixas, presumivelmente para reprodução. O cachalote é um animal extremamente social. Pequenos grupos de fêmeas e imaturos constituem o nível fundamental da estrutura social, a "unidade", onde os indivíduos são geneticamente próximos, e com uma filiação parcialmente matrilinear ao longo de vários anos. Agregações de nível superior, tais como "grupos" e "clãs", existem temporariamente em certas áreas. Os cachalotes machos, quando se dispersam dos seus grupos natais, formam grupos de machos jovens, que à medida que atingem a fase adulta, os grupos tendem a ser menores, até se tornarem animais solitários quando sexualmente maturos, migrando para latitudes mais elevadas durante este processo. O cachalote é o maior predador do mundo, alimentando-se predominantemente de cefalópodes, especialmente de lulas, geralmente a profundidades de pelo menos 500 m, podendo inclusive alimentar-se de lulas gigantes. Os peixes representam a segunda presa mais abundante nos estômagos do cachalote, e a frequência e importância desta presa varia de região para região. Estudos revelaram a presença de apenas 13% de peixe nos estômagos desta espécie em águas açorianas. O Arquipélago dos Açores é constituído por nove ilhas vulcânicas divididas em três regiões (ocidental, central e oriental) espalhadas ao longo da Crista Médio-Atlântica, entre 37º a 40ºN e 25º a 32ºW. A estreita plataforma continental caracteriza esta área, proporcionando um ambiente adequado para muitas espécies de cetáceos, inclusive o cachalote, permitindo avistar estes animais muito perto da costa. O cachalote sempre foi uma espécie de interesse, primeiro pelas embarcações baleeiras americanas que as caçaram em águas açorianas e depois com o desenvolvimento de uma atividade mais tradicional durante cerca de 90 anos, terminando a mesma em 1986. Nas últimas décadas desenvolveu-se muitos estudos científicos e uma crescente indústria de observação de baleias, que começou três anos após o fim da atividade baleeira. O principal foco da investigação tem sido a estrutura social, o comportamento, a dieta e a acústica. Nos Açores, a maior parte dos estudos são realizados nas águas da ilha de São Miguel. Mas, no presente estudo quisemos analisar a população em redor da ilha do Pico para aumentar o conhecimento de outra zona do Arquipélago, com base em dados de foto-identificação e usando uma plataforma oportunista como a observação de baleias. A foto-identificação, em embarcações de observação de cetáceos, provou ser uma ferramenta fiável para a investigação de espécies de cetáceos, tais como o cachalote. Nesta espécie, são utilizadas principalmente fotografias da barbatana caudal para sua identificação, em que os principais elementos para diferenciar os indivíduos é o contorno da barbatana que pode apresentar cortes e cicatrizes, por vezes também se utiliza a pigmentação presente na barbatana. Recentemente, foi testada positivamente a viabilidade da utilização da barbatana dorsal como uma potencial ajuda para a identificação. O principal objetivo do estudo foi avaliar a população do Pico, com especial enfoque na ocorrência, estrutura social e comportamento, bem como padrões ambientais que pudessem definir a sua distribuição na área de estudo. Queríamos testar a hipótese de que os cachalotes no Pico têm a mesma organização social e padrões de comportamento exibidos noutras regiões do mundo. Além disso, compreender se a distribuição dos cachalotes está ligada a certos parâmetros ambientais. Os dados de avistamentos de cachalotes utilizados para este projeto foram recolhidos oportunisticamente de 2012 até 2018 durante 1452 viagens comerciais de observação de cetáceos em duas empresas que operam a partir das Lajes do Pico (Espaço Talassa e Futurismo). Como a investigação não era o objetivo principal da atividade, a recolha de dados padronizados, sempre registados manualmente, foi restringida para interferir o menos possível com o objetivo principal, o turismo. Além disso, a observação de baleias opera no Pico principalmente de Abril a Outubro, excluindo o Inverno do estudo. O resultado destas viagens foram 4851 fotografias de foto-identificação de cachalotes, dados de posição, hora de observação, tamanho e composição do grupo, comportamento, e outras observações quando possível (por exemplo, tamanho, sexo, e ciclo de mergulho). Todas as fotografias foram analisadas visualmente por três investigadores independentes, o que deu origem a um catálogo de cachalotes para o Pico (n = 516). De todos os indivíduos catalogados, a maioria foi avistada apenas uma vez durante o período de estudo (78%). No entanto, para alguns indivíduos, foi encontrado um padrão de residência sazonal, com períodos de permanência até 72 dias. A maioria dos avistamentos foram de fêmeas e indivíduos imaturos, incluindo crias, que foram mais abundantes no Verão. Os cachalotes machos, embora escassos neste estudo, os seus avistamentos também atingiram o auge durante o Verão, especialmente em Julho. Apesar do pequeno tamanho da amostra, os machos apresentavam tempos de mergulho significativamente diferentes dos das fêmeas (77 min de machos Vs 54 min de fêmeas). Os grupos de fêmeas neste estudo apresentaram tamanhos “unitários” de 5,18, semelhantes a outras regiões do Oceano Atlântico. No Oceano Pacífico, os tamanhos “unitários” são normalmente maiores, possivelmente devido à presença em maior abundância nestas águas dos seus predadores naturais, as orcas, uma vez que o cachalote se defende social e comunitariamente. No entanto, um método padronizado deve ser utilizado em estudos futuros para confirmar a organização social exibida no Pico. A busca de alimento foi o comportamento primário observado no estudo (43,15%). Este resultado, embora inferior ao da literatura, deve-se possivelmente à metodologia de recolha de dados e um resultado do tempo limitado disponível para observações em atividades de observação de cetáceos (30 min). A análise da distribuição espacial foi realizada através do cálculo das taxas de encontro para a área de estudo, utilizando os avistamentos e o esforço. Observámos uma distribuição homogénea, embora devesse ser feita investigação adicional em algumas áreas dispersas que apresentavam taxas de encontro mais elevadas. As variáveis ambientais tais como profundidade, distância à costa e temperatura da superfície do mar foram obtidas de diferentes fontes e parecem fatores que influenciam a ocorrência de cachalotes na área. Por exemplo, observámos um claro intervalo de profundidade dos cachalotes ao largo do Pico, variando entre 600 e 1700 m. Também, a maioria dos cachalotes avistados (75%) foram registados com uma temperatura à superfície do mar acima dos 19ºC. No entanto, são necessários mais estudos para fornecer respostas conclusivas. Plataformas oportunísticas como a observação de cetáceos, apesar de algumas limitações, revelaram-se úteis para a obtenção de dados, economicamente muito pouco dispendiosas e fiáveis para fins de investigação.pt_PT
dc.identifier.tid202807703pt_PT
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10400.1/19431
dc.language.isoengpt_PT
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0/pt_PT
dc.subjectSperm whalept_PT
dc.subjectPhoto-identificationpt_PT
dc.subjectDistribuitionpt_PT
dc.subjectAzorespt_PT
dc.subjectBehaviourspt_PT
dc.subjectPico Islandpt_PT
dc.titleUnderstanding sperm whale (Physeter macrocephalus) in Pico Island, Azorespt_PT
dc.typemaster thesis
dspace.entity.typePublication
rcaap.rightsopenAccesspt_PT
rcaap.typemasterThesispt_PT
thesis.degree.grantorUniversidade do Algarve. Faculdade de Ciências e Tecnologia
thesis.degree.levelMestre
thesis.degree.nameMestrado em Biologia Marinhapt_PT

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