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Abstract(s)
Durante as três últimas décadas do século XX, o debate sobre as origens da
humanidade actual girou em torno de duas posições fortemente polarizadas (Fig. 1). Um
modelo, a Hipótese Multiregional, sustentava que, após a saída de África do Homo
erectus, há mais de um milhão de anos, a nossa evolução se deu num quadro de fluxo
genético permanente entre as diferentes regiões do Velho Mundo, pelo que todas as
populações do género Homo, independentemente do seu maior ou menor grau de isolamento
geográfico, teriam sempre constituído uma única espécie. Essa espécie única
teria evoluído de forma gradual, representando os neandertalenses um ponto intermédio
na passagem do “estádio” erectus ao “estádio” sapiens; na Europa, portanto, teria havido
continuidade genética total entre os últimos neandertalenses e os primeiros sapiens, resultando
estes últimos da transformação evolutiva dos primeiros.