PMT-N03
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Recent Submissions
- O retábulo em Portugal: o Barroco Final (1713-1746)Publication . Lameira, Francisco; Serrão, VitorO presente texto é a terceira e última parte de uma abordagem ao retábulo barroco em Portugal e surge na continuação dos dois anteriores artigos, ambos publicados na Promontoria. Revista do Departamento de História, Arqueologia e Património da Universidade do Algarve, o primeiro dedicado ao Protobarroco (1619-1668)1 e o segundo ao Barroco pleno (1668-1713)2. O período abordado no presente estudo tem como primeiro limite cronológico o ano de 1713, ocasião em que foi celebrada a escritura pública notarial respeitante à feitura do retábulo da capela-mor da igreja do antigo Colégio da Companhia de Jesus em Santarém, obra ainda existente e que corresponde, em face dos elementos por enquanto conhecidos, à primeira manifestação do novo formulário. Naturalmente, as regiões periféricas são sempre um pouco retardatárias apontando-se como exemplos de obras pioneiras o acrescentamento da tribuna da igreja do extinto Convento de Nossa Senhora do Carmo no Porto, obra ajustada em 17163; o retábulo da Sala do Capítulo da Sé do Porto, exemplar de 17184; os retábulos colaterais da Sé de Viseu, de 17255; o retábulo de São João Evangelista na igreja do antigo Convento de Nossa Senhora da Conceição em Beja, exemplar contratado em 17186; ou o retábulo da capela de Santa Bárbara, já desaparecido, na extinta igreja do Colégio de Santiago Maior em Faro, ajustado em 17247.
- Os equívocos dos promontórios Sacro(s) e CúneoPublication . Alarcão, Jorge deO promunturium Cuneus, referido por Pompónio Mela, III, 1, 7 e Plínio, IV, 35, 116, tem sido identificado por muitos autores com o cabo de Santa Maria, junto a Faro. Mas justifica-se essa tranquila certeza, que não foi a de Leite de Vasconcelos (1905: 9-13) nem a de Schulten (1959: 339-341)? O promontório Cúneo não tem sido localizado em sítio errado? Plínio, IV, 35, 116 escreveu: Oppida a Tago memorabilia in ora Olisipo equarum a fauonio uento concepto nobile, Salacia cognominata Vrbs Imperatoria, Merobrica, promunturium Sacrum et alterum Cuneus, oppida Ossonoba, Balsa, Myrtilis.
- Acerca do processo de neolitização no actual território português: modelos em debatePublication . Diniz, MarianaPretende-se com este texto apresentar um modelo de neolitização para o actual território português que, integrando componentes das leituras difusionista e indigenista, procura discutir os diferentes papéis desempenhados por “colonos” e “indígenas” ao longo deste processo. Este modelo de neolitização por Fusão Diferencial foi criado como uma proposta alternativa aos modelos disponíveis na bibliografia arqueológica que não explanam a totalidade das características da evidência empírica, e construído a partir da reflexão suscitada pelos dados recolhidos no povoado do Neolítico antigo da Valada do Mato, Évora, onde a presença, sobre uma matriz cultural neolítica, de elementos de tradição mesolítica, apontava para uma miscigenação de realidades indígenas e exógenas na constituição deste sistema cultural.
- The extinction of Neanderthals and the emergence of the Upper Paleolithic in PortugalPublication . Bicho, Nuno Gonçalo Viana Pereira FerreiraEste trabalho foi apresentado no âmbito de Provas de Agregação na área de Arqueologia. Estas provas académicas, constituídas por 3 fases, são de carácter público. Para cada fase existe um arguente, sendo as fases, respectivamente, a discussão do currículo do candidato, a análise de um relatório de uma disciplina do ensino universitário e uma lição-síntese, seguida de discussão. Esta última prova consiste numa apresentação de uma hora de um tema à escolha e, como parte constituinte das Provas de Agregação, pode ser pensada de duas formas essencialmente opostas: uma de entre as várias lições do programa da disciplina apresentado no relatório acima mencionado, fazendo por isso a descrição de uma qualquer parte do conteúdo desse mesmo programa; ou, pelo contrário, respeitar o título da prova e fazer-se uma verdadeira lição síntese, de carácter inédito.
- A criança do Lapedo e as origens do homem moderno na Península IbéricaPublication . Zilhão, JoãoDurante as três últimas décadas do século XX, o debate sobre as origens da humanidade actual girou em torno de duas posições fortemente polarizadas (Fig. 1). Um modelo, a Hipótese Multiregional, sustentava que, após a saída de África do Homo erectus, há mais de um milhão de anos, a nossa evolução se deu num quadro de fluxo genético permanente entre as diferentes regiões do Velho Mundo, pelo que todas as populações do género Homo, independentemente do seu maior ou menor grau de isolamento geográfico, teriam sempre constituído uma única espécie. Essa espécie única teria evoluído de forma gradual, representando os neandertalenses um ponto intermédio na passagem do “estádio” erectus ao “estádio” sapiens; na Europa, portanto, teria havido continuidade genética total entre os últimos neandertalenses e os primeiros sapiens, resultando estes últimos da transformação evolutiva dos primeiros.
- O fidalgo-mercador Francisco Pinheiro e o “negócio da carne humana”, 1707-1715Publication . Guimarães, Carlos GabrielA descoberta de ouro nas Minas Gerais, no final do século XVII, promoveu uma intensa procura pelo trabalho escravo nas minas e lavouras do Brasil, o que provocou uma corrida dos negociantes portugueses em direção à África em busca de escravos. Essa disputa, que atraiu também ingleses e holandeses, fez com que a Coroa portuguesa autorizasse legalmente o comércio negreiro na região, contribuindo para um acirramento das rivalidades entre as praças mercantis de Lisboa, Salvador e Rio de Janeiro pelo exclusivo do comércio dos escravos da Costa a Sotavento da Mina, ou Costa da Mina. As concessões de “licenças reais” pela Coroa para o acesso à região consistiram, também, numa tentativa de controle por parte da mesma do referido comércio, tentando evitar o “tráfico ilegal”, ainda mais com a presença dos negociantes de outras nações. Com o comércio legal, a Coroa poderia, também, arrecadar mais com as taxações sobre o referido comércio1.
- O testamento da rainha D. BeatrizPublication . Lourenço, VandaAs precárias condições de vida, a falta de imunidade às doenças e o proliferar das epidemias tornavam a morte uma realidade tão constante e presente no quotidiano da sociedade medieva que ela era aceite como inerente à própria natureza humana. No entanto, esta familiaridade não diminuiu o medo que a população tinha da morte. Porque ela é certa, mas incerta a sua hora, era necessário preparar o “saimento” deste Mundo. A forma como ocorria essa passagem podia abrir as portas da eternidade, ou seja, era através da morte preparada que o indivíduo tinha a esperança de conquistar o paraíso. A doutrina da Igreja defendia, por um lado, o fim dos prazeres terrenos e, por outro, sendo a salvação da alma o objectivo supremo de todos os homens, era importante que cada cristão reflectisse na sua passagem para a vida eterna. Deste modo, a prática de redacção do testamento vulgarizou-se, sobretudo a partir dos finais do século XIII1.
- A guerra esquiva.O conflito luso-castelhano de 1336-1338Publication . Martins, Miguel GomesA exemplo do que acontece com a maior parte dos conflitos militares anteriores ao reinado de D. Fernando, também a guerra que opôs, entre 1336 e 1338, os reinos de Portugal e de Castela continua por estudar, conhecendo-se apenas e em traços muito gerais alguns dos seus principais episódios1. Apesar da importância política e militar de que se reveste, muito pouco tem sido escrito sobre o tema2, facto que se por um lado se deve à falta de interesse pela História Militar deste período, por outro, deriva também da pouca atenção que tem sido dedicada aos 35 anos de reinado de D. Afonso IV.
- Crónica de la destrucción de una vía romana en al-Andalus: el caso de las rutas de la Sierra de HuelvaPublication . Ramírez del Río, J.El estudio de las vías romanas y de su herencia en la conformación de las rutas de al-Andalus es un tema que requiere de una gran dedicación, pues los datos acerca de este tema están tan dispersos tanto en las fuentes como en los informes arqueológicos que resultaría difícil realizar en estos momentos un trabajo de conjunto sobre este asunto. Aunque conocemos razonablemente bien las rutas que unían las distintas poblaciones de al-Andalus, no tenemos apenas información acerca de la actividad reparadora o constructora de este tipo de infraestructura, a la que las fuentes árabes no dedican la misma atención que a puentes, murallas o atarazanas, y muchísimo menos que a la construcción de mezquitas, de las que sí tenemos abundantes noticias1. Por esta razón la investigación que llevé a cabo para la ponencia presentada a las XVIII Jornadas de Patrimonio de la Comarca de la Sierra de Huelva2 me deparó algunas sorpresas, aunque no pude por razones tanto de tiempo como del tema propuesto por la organización, agotar este tema. A partir de este momento comencé a recopilar todas las noticias relativas a la brusca desaparición a partir de la época de la fitna ocurrida durante el emirato del omeya ‘Abd Alla¯h (888-912), de una parte de la antigua vía romana que unía Sevilla con Beja y que, pasando por Aroche, unía estas dos capitales de cora. La mencionada desaparición de esta infraestructura resulta tan llamativa como grave para la historia de la región, que a partir de este momento quedó marginada y apenas volvió a aparecer en las fuentes árabes durante el resto del período de la historia de al-Andalus.