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O presente texto surge na continuidade dos anteriores, publicados nos três primeiros números da Promontoria. Revista do Departamento de História, Arqueologia e Património da Universidade do Algarve, respectivamente dedicados ao Protobarroco1, ao Barroco Pleno2 e ao Barroco Final3.
O período abordado neste estudo surge, a nosso ver, como a derradeira etapa de um longo ciclo que oscilou entre duas opções estéticas diferentes. Por um lado, uma linguagem mais próxima do formulário erudito italiano, nomeadamente de origem romana, e que recorria a materiais pétreos ou então à madeira fingindo pedraria. Por outro, o uso de soluções mais adaptadas à sensibilidade portuguesa e que preferiam a madeira entalhada e dourada. Se neste longo conflito estético sempre predominou em Portugal a tendência
castiça, como vimos nas três fases do barroco, a partir da década de 1740 assiste-se à intensificação deste confronto, que culminará nos finais de setecentos com o declínio da secular tradição da arte da talha.