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A mão que protege e a mão que chama: orientalismo e efabulação, em torno de um objecto simbólico do Mediterrâneo

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A mão, enquanto representação simbólica da actividade humana, acompanha as comunidades dos indivíduos, desde a Pré-História. Ligada à iconografia da deusa Tanit, esta mão que se espalha pela bacia do Mediterrâneo, integrou vários sistemas culturais, dos romanos à civilização islâmica, chegando aos nossos dias, através da utilização quotidiana no Magreb, correspondendo a diversas interpretações, que a inserem, tanto no âmbito da superstição contra o mau-olhado, como da pertença (bilad) e da hospitalidade. A leitura de textos de cariz orientalista e efabulatório, designadamente de Leite de Vasconcelos, Adalberto Alves, e Pavón Maldonado, entre outros, originou esta tentativa de análise, no sentido de perceber o que é verdade e o que é ficção. Uma vez instalado o mito, e apesar de alguns testemunhos fidedignos, não é fácil desmontar uma estratégia, que visa o “exñtico” e por conseguinte o “souvenir”, para consumo turístico. A presente dissertação procura responder às seguintes questões: - Porque razão a mão aberta é referenciada, por certos autores, como "Mão de Fátima"? - E qual o motivo para a mão fechada dos batentes de porta, também ser associada à chamada "Mão de Fátima"? Afinal, o que é tradição e o que é invenção?

Description

Dissertação de mest., História, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Univ. do Algarve, 2011

Keywords

Mão de Fátima Khamsa Orientalismo Etnocentrismo Efabulação

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