Name: | Description: | Size: | Format: | |
---|---|---|---|---|
3.01 MB | Adobe PDF |
Authors
Advisor(s)
Abstract(s)
1. As esponjas ocorrem por todo o mundo, em praticamente todos os habitats aquáticos e a todas as
profundidades. Dado o seu crescente interesse para monitorização de ecossistemas e na indústria
farmacêutica é necessário o seu estudo aprofundado quer a nível ecológico como taxonómico.
2. Embora a informação disponível seja relativamente parca, sabe-se que factores como a luz, afectam a
distribuição dos Porifera. Com os dados obtidos no projecto RenSub I e II do CCMAR – Grupo de
Investigação Pesqueira, avaliou-se a influência da sazonalidade, variação espacial e profundidade na
distribuição das esponjas marinhas. A área de amostragem dividiu-se em duas zonas: desde Albufeira a
Vale do Lobo e desde a Galé a Barra Nova do Ancão, para uma gama de profundidades dos 0 aos 30m.
Os dados obtidos foram tratados estatisticamente com o programa PRIMER v6 (Plymouth Routines in
Multivariate Ecological Research). Phorbas fictitius foi a espécie com maior frequência de ocorrência,
sendo seguida por Scopalina lophiropoda. Não se verificaram diferenças significativas na composição por
espécies entre as estações do ano (p = 0,103), o que leva a considerar que a sazonalidade não influenciará
a distribuição das esponjas marinhas. Existiram diferenças significativas na composição de espécies entre
os locais estudados (p = 0,001). As diferenças mais relevantes foram entre Albufeira e Celas e, entre
Anzol e Greta. Estes últimos locais encontram-se muito próximos um do outro e a profundidades
semelhantes sendo as únicas diferenças observadas relativas à litologia e à topologia de fundo, sendo o
local relevante na distribuição de esponjas. Houve variação significativa entre as várias classes de
profundidade analisadas (p =0,004), na composição de espécies, logo, a distribuição das esponjas estará
fortemente correlacionada com a profundidade. Foi ainda possível observar um padrão de distribuição a
nível de abundância e riqueza, sendo caracterizado por valores reduzidos a profundidades inferiores a
10m e aumentando até um nível máximo por volta dos 15m, decrescendo novamente a profundidades
superiores.
3. Para o estudo taxonómico realizaram-se mergulhos, efectuando em cada um, transectos de 60m de
comprimento, para obtenção de amostras. Os espécimes recolhidos foram fotografados in situ, no
laboratório, sendo conservadas individualmente em álcool a 70%. A identificação de esponjas foi
realizada recorrendo a cortes transversais e tangenciais à superfície da esponja utilizando Araldite
histológica como meio de montagem, de modo a possibilitar a observação das estruturas esqueléticas e a
disposição destas no espécime. Recorreu-se também à observação microscópica da morfologia espicular
no caso das esponjas siliciosas e calcárias. Uma inovação aplicada neste estudo foi a utilização de pipetas
descartáveis para a recolha das espículas após a sua lavagem o que aumenta consideravelmente a
segurança do procedimento e a quantidade de espículas na lâmina para observação. Das 37 espécies
identificadas verificou-se que seis delas constituíam novos registos para Portugal e outras duas para
Portugal Continental: Axinella guiteli, Crella fusifera, Dictyonella incisa, Dictyonella marsillii,
Dictyonella plicata, Hymeniacidon mammeata e Mycale lingua e Spongionella pulchella,
respectivamente.
Description
Dissertação de mest., Biologia Marinha, Faculdade de Ciências do Mar e do Ambiente, Universidade do Algarve, 2007
Keywords
Teses Ecologia Ambiente marinho Porifera Sazonalidade Variação espacial Profundidade Distribuição Taxonomia Portugal