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Authors
Duarte, Amílcar
Advisor(s)
Abstract(s)
Os citrinos são uma cultura importante em Portugal desde o séc. XVI, sendo o Algarve a principal região citrícola do país. A meados do séc. XX houve um grande aumento da área de cultivo no Algarve, tendo a citricultura passado a constituir o principal sector da agricultura da região e um dos principais sectores da fruticultura nacional.
Nos últimos anos, tem havido um aumento da área média dos pomares, com abandono de pequenas parcelas, enquanto os maiores produtores têm vindo a fazer grandes plantações. Isto tem sido acompanhado de uma modernização tecnológica, parcialmente relacionada com o aumento do número de agrónomos responsáveis pela condução técnica das explorações citrícolas. Além disso, muitos pomares passaram a ser geridos tecnicamente pelas organizações de produtores que comercializam a fruta. Estas alterações, juntamente com a modernização das centrais, fizeram com que hoje os citrinos produzidos em Portugal tenham um elevado nível de qualidade e uma boa apresentação, o que permite fazer a sua comercialização nos mercados mais exigentes.
Apesar dos progressos e potencialidade referidos, podemos dizer que a citricultura portuguesa está hoje ameaçada de morte. Além da já conhecida ameaça da Tristeza dos citrinos, temos hoje uma nova ameaça, o huanglongbing (HLB), também conhecida por greening, uma das doenças mais graves dos citrinos, uma vez que reduz muito a produtividade das árvores, tornando inviável o seu cultivo em zonas onde está instalada. Esta doença é provocada por uma bactéria e é transmitida por psilas, entre elas, a psila africana dos citrinos (Trioza erytreae). Esta psila foi introduzida no norte do país e tem-se vindo a disseminar para sul pela zona costeira, estando já na Figueira da Foz, e recentemente foi descoberto um novo foco em Sintra.
Description
Keywords
Citrinos Huanglongbing Algarve Tangerina Laranja
Citation
Duarte, A. 2017. A citricultura portuguesa. Desafios e ameaças. Voz do Campo, 208: 42.