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O clima é um fator determinante para a agricultura. O crescimento, desenvolvimento e produtividade das plantas depende da disponibilidade de água, da radiação solar e é fortemente influenciada pela temperatura, entre outros fatores. Assim, é de esperar que as alterações climáticas venham a ter consequências muito significativas neste setor. Para Portugal, os cenários de evolução climática até ao final do século XXI apontam para condições progressivamente mais desfavoráveis para as atividades agrícolas e florestais, consequência da redução da precipitação, do aumento da temperatura média, do aumento da frequência e intensidade dos eventos climáticos extremos e do aumento da suscetibilidade à desertificação (EAAFAC, 2013). Os efeitos das alterações nas últimas décadas são já sentidos no Mediterrâneo, e em particular no Algarve, sendo observado entre 1980 e 2010 um aumento de 0,37°C na temperatura média, uma diminuição da amplitude térmica, uma diminuição da precipitação na primavera, entre outros (EAAFAC, 2013). Os efeitos destas alterações traduzem-se ainda numa redução da disponibilidade de água no solo, na redução da fertilidade e no aumento dos fenómenos de erosão do solo (Adams et al., 1998), causando impactos na agricultura e alterações nos ciclos e nas populações de insetos e microrganismos, podendo causar ainda problemas graves de pragas e doenças nas culturas (Lindner et al., 2008). Como consequência destes fatores, estudos desenvolvidos a nível da União Europeia projetam uma redução significativa da produtividade agrícola para a região mediterrânica (Kovats et al., 2014).
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Keywords
Dieta mediterrânica