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O presente texto constitui um ensaio de abordagem de conjunto sobre a arte da retabulística produzida em Portugal (continental e insular) durante o período compreendido entre 1619 e 1668, datas estas escolhidas como marcas significativas dado que correspondem aos primeiros exemplares de que se tem conhecimento que marcaram na cultura artística nacional o princípio e o fim do ciclo aqui designado por Retábulo Proto-barroco1. Estas balizas cronológicas que aqui se desenham correspondem a um período de meio século em que a arte dos retábulos, longe de perenizar soluções retardatárias como até agora se pensava, assumiram muito pelo contrário um figurino de actualização de modelos e de soluções. Apesar de a situação socio-política nacional não ser favorável a um surto artístico com as características que Portugal conhecera no século precedente, por coincidir com a fase final da União Ibérica e com os anos de guerra do Portugal Restaurado, a retabulística portuguesa assuriu, mesmo assim, um formulário absolutamente original e, na medida do possível, alinhado com a modernidade do Barroco internacional.