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Os dilemas morais tornaram-se uma metodologia de investigação comum para estudar o julgamento moral. Um dilema moral refere-se a uma situação hipotética em que temos que escolher entre dois modos de ação opostos eticamente justificáveis (decisão moral): sacrificar uma pessoa inocente para salvar a maioria ou recusar fazer esse sacrifício, mas deixando todos os outros morrerem. Alguns fatores que estruturam a situação dilemática podem influenciar a decisão moral (Christensen, Flexas, Calabrese, Gut, & Gomila, 2014), sendo de referir: Força Pessoal (se a ação danosa é direta ou indireta), Destinatário do Benefício (se as consequências positivas do dano são para o próprio ou para os outros), Evitabilidade (se o dano é evitável ou inevitável) e Intencionalidade (se o dano é intencional ou acidental). No nosso estudo traduzimos e adaptámos para o Português Europeu um conjunto de 48 dilemas morais cuidadosamente delineados e validados por Christensen e colaboradores (2014), de modo a controlar os fatores supramencionados. Participaram no estudo 43 portugueses que tomaram as suas decisões face a esses dilemas morais, sendo registadas as suas respostas comportamentais (decisão e tempo de resposta) e psicofisiológicas (frequência cardíaca e resposta galvânica da pele). Os principais resultados confirmaram a mesma estrutura de dilemas morais em torno dos fatores supramencionados Numa análise secundária observámos também que os níveis de empatia e os traços de conscienciosidade (Big Five) se associam negativamente ao utilitarismo numa situação dilemática. Em suma, parece-nos que este este conjunto de dilemas é válido para a aplicação em contexto clínico e de investigação.
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Julgamento moral Dilemas morais Empatia Personalidade