Authors
Advisor(s)
Abstract(s)
A Perturbação Antissocial da Personalidade (PAP) está associada a um inadequado funcionamento psicossocial. Esta dificuldade ao nível do funcionamento social revela-se bastante incapacitante, dadas as dificuldades de adaptação às exigências do meio social observadas nestes sujeitos. Alguns autores sugerem que esta limitação se deve a uma diminuída cognição social, particularmente a um défice no processamento de emoções (capacidade para expressar, reconhecer e categorizar emoções). Neste contexto, tivemos como principal objetivo perceber de que forma sujeitos com características antissociais processavam emoções básicas, através da face e, ainda, se a dificuldade de processamento variava de acordo com a valência do estímulo e com a tarefa cognitiva proposta. Para o efeito, foram avaliados com recurso à Florida Affect Battery, que avalia a perceção de faces e o reconhecimento de emoções básicas, três grupos de sujeitos: dois grupos clínicos (11 sujeitos toxicodependentes com características antissociais e 9 sujeitos toxicodependentes sem características antissociais) e um grupo de controlo composto por 15 participantes saudáveis da população geral. Os resultados obtidos revelaram uma acuidade superior no processamento de emoções por parte do grupo controlo quando comparado com os dois grupos clínicos. Ao contrário do esperado não foi verificada nenhuma influência das características de personalidade antissocial no processamento de emoções, depois de analisados os resultados dos sujeitos clínicos.
Description
Dissertação de mestrado, Psicologia (Psicologia Clínica e Saúde), Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Universidade do Algarve, 2014
Keywords
Psicologia da saúde Emoções Processamento Individualismo Personalidade Toxicodependência