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Abstract(s)
Durante o a progressão tumoral, as células cancerígenas perdem acesso ao oxigénio (hipóxia) e à disponibilidade de nutrientes devido ao crescimento celular rápido e descontrolado. O HIF- α é o principal fator de transcrição que regula a resposta hipóxica ativando genes responsáveis pela sobrevivência das células cancerígenas. Vários estudos têm demonstrado que células sujeitas a um stress hipóxico exibem níveis elevados de espécies reativas de oxigénio (ERO) comparadas a células em normóxia. Devido às propriedades reativas destas espécies, as ERO podem contribuir para a oxidação de proteínas, peroxidação de lípidos e danos no DNA que podem resultar na morte celular ou mutagénese. Contudo, a ERO peróxido de hidrogénio (H2O2) é um segundo mensageiro importante na ativação de várias vias de sinalização que regulam a proliferação, diferenciação, migração e apoptose. Os sistemas antioxidantes têm certamente um papel fundamental na progressão tumoral durante condições de hipóxia regulando os níveis de ERO de forma a evitar que estes atinjam níveis letais para a célula. O nosso laboratório identificou recentemente uma proteína com função reguladora redox, a anexina A2 (ANXA2) e provou que a sua função antioxidante tem um papel crucial na progressão tumoral e resistência a quimioterapêuticos. Neste estudo propus-me a investigar o papel da ANXA2 em vias de sinalização durante a hipóxia. A ativação de vias de sinalização em linhas celulares cancerígenas pré estabelecidas com a depleção (knockdown) de ANXA2 como MDA MB 231, HT1080 e A549, e respetivos controlos foi estudada por western blot, estas células foram submetidas a tratamentos com CoCl2, um agente indutor de hipóxia química e a hipóxia real (1% O2) , durante diferentes intervalos de tempo. Para estudar possíveis alterações génicas, recorreu-se à técnica de qRT-PCR utilizando células sujeitas à hipóxia vs células controlo. Ensaios de iodoacetamida biotinilada BIAM foram realizados por forma a estudar alterações redox em proteínas durante a hipóxia (1% O2). Os níveis intracelulares de ERO foram analisados em células depletadas de ANXA2 vs controlo as quais foram submetidas a um tratamento de hipóxia química com CoCl2. Os nossos resultados mostram que a depleção de ANXA2 nas três linhas celulares levam a uma maior acumulação de HIF-α comparado a células controlo. Curiosamente em células HT1080 e A549 depletadas de ANXA2 observou-se a acumulação de HIF 2-α, o que não aconteceu nas células controlo. Também se observou a acumulação e sobre-expressão de PRDX II, (proteína antioxidante) em células MDA MB 231 depletadas de ANXA2 comparativamente com as células controlo. Estas células poderão estar a tentar compensar a depleção de ANXA2, aumentando os níveis de outra proteína antioxidante, a PRDX II. Os resultados revelaram um aumento significativo de VEGFD nas células A549, depletadas de ANXA2, comparado às células controlo. Os resultados de expressão génica revelaram que a depleção de ANXA2 afetou a expressão de genes alvo de HIF-α como o GLUT1.
Description
Dissertação de mestrado, Oncobiologia - Mecanismos Moleculares do Cancro, Departamento de Ciências Biomédicas e Medicina, Universidade do Algarve, 2017
Keywords
Anexina A2 (ANXA2) Espécies reativas de oxigénio (ERO) Hipóxia Hypoxia Inducible Factor (HIF –α) Vias de sinalização Proteínas antioxidantes