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Abstract(s)
Os achados arqueológicos de um número alargado de tanques para salga de peixe
(cetárias) nos sítios romanos do Sudoeste Peninsular Ibérico demonstram uma forte
ligação das populações costeiras ao mar. Esse vínculo encontra-se atestado pela
frequência de motivos marinhos e atividades piscatórias na iconografia dos mosaicos
e moedas das zonas litorais hispânicas cujos recursos foram intensamente
explorados e possibilitaram a rentabilidade e o desenvolvimento económico dessas
regiões.
Na Lusitania romana as principais zonas de concentração de fábricas de processamento
de peixe foram o Algarve e os estuários do Tejo e do Sado. Os dados disponíveis
evidenciam a existência de um aproveitamento das matérias-primas diretamente
relacionadas com a localização das fábricas conserveiras, que necessitariam
de grandes quantidades de sal e peixe para as salgas e produção de molhos. É, pois,
sobre a obtenção das matérias primas marinhas no Algarve romano, bem como os
produtos com elas fabricados, que trata o presente texto.
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Keywords
História do sal História da pesca Algarve romano Antiguidade
Citation
Publisher
Município de Olhão (Museu Municipal de Olhão)