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"Mal Nascer", de Carlos Campaniço

dc.contributor.authorNogueira, Adriana
dc.date.accessioned2016-07-07T09:56:50Z
dc.date.available2016-07-07T09:56:50Z
dc.date.issued2014-06-13
dc.description.abstractCarlos Campaniço lançou em maio um novo romance (que foi finalista do Prémio Leya 2013), demonstrando vitalidade e vontade de prosseguir esta sua já premiada carreira de escritor. Tal como nas obras anteriores – provavelmente por gosto e formação do autor, dado que a história é a sua especialidade –, também este é um romance de época, desta vez passado no início do século XIX: a narrativa acompanha Santiago, um jovem médico, partidário de D. Pedro, que se refugia, durante as Guerras Liberais (1828- 1834), numa vila longe de Lisboa, uma vila que é a terra que o viu (mal) nascer: «Olho a praça com um vagar que é ainda de saudade. Estes recantos e travessas, ruas e largos, continuam a ser os meus passos. (…) é aqui na vila que ouço o tambor do meu coração» (pp. 17-18). Naturalmente, ficamos com curiosidade para saber por que razão de lá saiu e por que se inibe em se fazer reconhecer diretamente pelos seus conterrâneos (apesar de não se esconder – sai da casa, expondo-se à vista de todos –, também não se identifica). Mas o motivo só nos é revelado no final. Até lá, vamos acompanhando, em capítulos intercalados, uns largos meses da vida de Santiago adulto e uns anos da de Santiago menino, de forma a ir construindo, paulatinamente, a sua história. Santiago não é propriamente um herói, um homem de altos padrões morais e de elevada consciência social, que luta e assume a consequência dos seus princípios e crenças. Não. Em Lisboa, Santiago teme pela vida e foge dos miguelistas; na vila, receia assumir quem é («Temo a reacção de Albano e de dona Odélia», p. 16;) e as consequências de ser acusado de herege («Fico aterrado com esta postura súbita do vereador », p. 53); no amor, enreda- -se com duas mulheres casadas e não tem coragem quer para cortar com uma que o persegue, quer para declarar a outra que a ama; e aceita fazer a corte a uma terceira, que não é tida nem achada nestas demandas. Porém, todas estas fragilidades fazem-no parecer mais humano. Ao mostrar a infância sofrida de Santiago, durante a qual foi maltratado, exilado e até, pode-se afirmar, sequestrado, Carlos Campaniço consegue fazer-nos simpatizar e empatizar com as suas fraquezas de adulto e até admirar a compaixão que ainda tem dentro de si, depois de tudo o que se passou (as lágrimas chegam- lhe facilmente aos olhos, quando perante a miséria humana e a doença).pt_PT
dc.identifier.otherAUT: ANO01054
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10400.1/8481
dc.language.isoporpt_PT
dc.peerreviewednopt_PT
dc.publisherPostal do Algarvept_PT
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0/pt_PT
dc.title"Mal Nascer", de Carlos Campaniçopt_PT
dc.typeperiodical
dspace.entity.typePublication
oaire.citation.conferencePlaceFaropt_PT
oaire.citation.endPage11pt_PT
oaire.citation.startPage11pt_PT
oaire.citation.titleCultura.Sulpt_PT
oaire.citation.volume70pt_PT
person.familyNameNogueira
person.givenNameAdriana
person.identifier.ciencia-idCF15-88FF-0B6A
person.identifier.orcid0000-0002-5709-6870
person.identifier.ridG-3392-2016
rcaap.rightsopenAccesspt_PT
rcaap.typecontributionToPeriodicalpt_PT
relation.isAuthorOfPublicationa0b79ff2-acc2-48d7-a2b0-8c50298da608
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