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Authors
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Abstract(s)
Este estudo pretendeu descrever e analisar a competência social e a
qualidade de vida, percebida, relacionada com a saúde, em adolescentes do ensino
regular e os que frequentam turmas CEF/PCA.
Participaram no estudo 189 adolescentes, do 2º, 3º ciclos, e ensino
secundário, no Algarve, com idades entre os 14 e os 18 anos (X=15,6; DP=1,190),
sendo 53% raparigas e 47% rapazes. De acordo com o tipo de ensino, foram
divididos em dois grupos: um de alunos de turmas regulares (101 alunos) e outro
de alunos pertencentes a cursos de educação e formação (CEF) e a percursos
curriculares alternativos (PCA) (88 alunos).
Foram utilizados os seguintes instrumentos: questionário de dados sóciodemográficos;
inventário de Situações de Vida Stressantes (Oliva, Jiménez, Parra,
& Sánchez-Queijiga, 2008); escala SSRS - Social Skills Rating System (versão
estudantes), (Gresham & Elliott, 1990); e o Kidscreen 52 (versão portuguesa para
crianças e adolescentes) (Gaspar & Matos, 2008a).
Os resultados indicam percepções positivas da competência social e da
qualidade de vida relacionada com a saúde, pelos adolescentes, essencialmente nas
áreas relativas ao bem-estar social, nomeadamente na qualidade e satisfação na
relação com os amigos, e na implicação de melhores habilidades sociais na empatia
e cooperação nessas relações. Como aspectos mais preocupantes encontram-se o
baixo envolvimento e satisfação com a escola e com a competência escolar (face
aos resultados médios da amostra), a baixa percepção de apoio e compreensão da
família, e o menor bem-estar psicológico (comparativamente à media portuguesa).
O que diferenciou os dois grupos foi a existência de melhores habilidades sociais
(Autocontrolo e Empatia) e competência social, mais sentimentos de pertença e
aceitação pelo grupo, e menos sentimentos de provocação pelos outros, nos alunos
do regular. Os alunos do CEF/PCA são os que mais se sentem satisfeitos com a
escola e com a competência escolar, apesar de se sentirem mais provocados pelos
outros adolescentes.
Os resultados sugerem que a competência social e a qualidade de vida
relacionada com a saúde são influenciadas pelas diversas dimensões que os
compõem, por variáveis sócio-demográficas (sexo, idade, contexto familiar e
escolar, e de imigração) e por acontecimentos de vida negativos. Estes aspectos
indicam a necessidade de ter em atenção as diferenças relativas ao sexo e à idade
na implementação de estratégias preventivas, e a necessidade de colaboração
entre contexto escolar e familiar, incidindo na melhoria de capacidades protectoras
de ambos os contextos.
Verificou-se uma influência mútua entre a competência social e a percepção
da qualidade de vida relacionada com a saúde, tal como entre esta e os
acontecimentos de vida stressantes; implicando que intervenções preventivas numa
área terão impacto positivo indirecto nas outras áreas relativas ao desenvolvimento
saudável e à melhoria da saúde. Sugere-se o desenvolvimento de programas de
competências para a vida como boa prática na prevenção e promoção da saúde.
Description
Dissertação de mest., Psicologia da Educação (Necessidade Educativas Especiais), Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Univ. do Algarve, 2011
Keywords
Competência social Habilidades sociais Competências para a vida Qualidade de vida relacionada com a saúde Prevenção Adolescência