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A tuberculose é uma doença infecciosa que ressurgiu recentemente como uma perigosa ameaça à saúde pública mundial, sendo a isoniazida um antituberculoso indispensável ao tratamento desta doença. A principal via de metabolização deste fármaco é a acetilação pela enzima polimórfica N-acetiltransferase 2, que pode originar três fenótipos tendo em conta a sua actividade: acetilador rápido, intermédio e lento.
Uma vez que os diferentes graus de acetilação ocorrem com prevalências distintas tendo em conta a origem étnica do indivíduo, o presente trabalho pretende estudar as implicações da variável distribuição de acetiladores a nível populacional na eficácia e segurança do tratamento contra a tuberculose.
Verificou-se que a percentagem de acetiladores lentos nas populações de etnia Caucasiana e Africana eram bastante superiores, como tal, será de esperar uma diminuição na incidência de efeitos adversos, principalmente hepatotóxicos, se a dose standard de isoniazida de 5mg/kg/dia for diminuída. Por outro lado, a população de etnia Asiática apresenta uma maioria de acetiladores rápidos, portanto, um aumento da dose diária de 5mg/kg beneficiaria a terapêutica já que aumentaria a sua eficácia.
Contudo, apesar do estabelecimento de regimes terapêuticos com base na etnia ser importante e com valor prático, principalmente em populações com recursos financeiros limitados, a genotipagem de NAT2 prévia ao tratamento com isoniazida constitui sempre uma mais-valia. Isto porque permite assegurar, com um maior grau de certeza, que a dosagem atribuída a um doente é a que lhe oferece maior eficácia e segurança terapêutica, podendo ser extremamente útil, principalmente, em populações com elevado grau de mistura genética.
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Keywords
Tuberculose Isoniazida N-acetiltransferase 2 Variabilidade Inter-étnica Hepatotoxicidade Genotipagem Polimorfismos