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Abstract(s)
As águas do rio e do mar apresentam diferentes densidades, o que leva a que o
contacto entre estas não resulte na sua mistura imediata, originando uma pluma
superficial. Esta dissemelhança é causada pelas diferenças de temperatura,
maior no rio, e de salinidade, maior no mar. A extensão imprescindível à mistura das
águas de diferentes origens relaciona-se não só com o caudal do rio mas também com a
circulação marinha, processos hidrológicos, condições e época do ano.
As plumas fluviais de superfície (surface trapped river plumes) são
importantes vias de entrada de materiais dissolvidos ou particulados, tais como
nutrientes, sedimentos e poluentes de proveniência continental, bem como de uma
mais ou menos significativa entrada de água doce no oceano. Estas condições
influenciam directamente a biogeoquímica, a sedimentação, os padrões de poluição e a
circulação das águas costeiras (Warrick et al, 2004). Esta entrada de materiais
continentais varia não só com a corrente do rio, a qual é influenciada por
acontecimentos climáticos que afectam a bacia de drenagem, mas também por
influencias antropogénicas, tais como o incremento da concentração de nutrientes que
se verificou durante as ultimas décadas nos rios Europeus, como resultado do aumento
da utilização de compostos de N e P na agricultura (Salen-Picard et al, 2003).