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Authors
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Abstract(s)
Actualmente existem dificuldades na utilização eficiente da energia em habitações e edificações, e no
consumo energético comedido nas mesmas. Neste caso particular é abordada a eficiência energética
aplicada a piscinas de lazer, um elemento cada vez mais integrante tanto em novas moradias, como
em moradias revalorizadas para uso próprio ou para fins turísticos, como é frequente no Algarve.
A investigação começa pela análise dos problemas da conservação de energia em piscinas e das
metodologias utilizadas para planeamento de piscinas. Desta análise, verifica-se que os problemas
são muitos e preocupantes, e que as metodologias utilizadas para as piscinas que se querem
energeticamente eficientes encontram-se muito incompletas e totalmente dissonantes das exigíveis
às moradias (RCCTE).
Frequentemente, o que de energeticamente e sustentável se terá feito em prol da moradia é
francamente comprometido pelo despesismo e insustentabilidade do seu complemento que é a
piscina. Este facto é particularmente notório, quando se pretende estender a sua utilização além do
Verão em condições de conforto térmico das piscinas, opção cada vez mais procurada devido à
presença de cada vez mais turistas durante todo o ano no Algarve. E é por isso que muitos e cada vez
mais turistas cá estão/vivem).
Verificou-se também a quase inexistência de critérios de planeamento e programação na concepção
de piscinas, mostrando-se que estes não são suficientes e que na maior parte dos casos não são
utilizados.
Este conjunto de factores leva a que muitas piscinas consideradas energeticamente eficientes, na
fase da sua concepção arquitectónica, estrutural bem como térmica, tenham revelado falta
preocupação na integração harmoniosa de soluções para minimizar o seu consumo energético. O
que compromete a sua eficiência energética global ao longo de todo o seu ciclo de vida.
De forma de corrigir os problemas referidos, faz-se menção a metodologias de planeamento de
forma a reduzir a dependência energética ao longo do ciclo de vida de uma piscina.
Pelo acompanhamento de situações reais, faz-se alusão a medidas de implementação de eficiência
energética em piscinas de lazer algumas delas de carácter inovador.
O estudo a nível teórico (sobretudo de cariz qualitativo) sobre este tema, e a nível prático pelo
acompanhamento e colaboração em casos reais, permitem reflectir sobre os principais critérios
inerentes à multiplicidade de abordagens necessárias ao planeamento de uma piscina de lazer que se
pretenda energeticamente eficiente, e sob as dificuldades existentes quer do ponto de vista político,
sociológico e económico que levam à opção (ou sua ausência) de certas medidas por parte dos
intervenientes.
O enquadramento actual da sociedade, que vive constantemente em sobressalto devido a
fenómenos naturais associados à alteração das condições climáticas, induz um sentimento de
culpabilidade do presente comportamento vir a comprometer a vida das gerações futuras,
originando uma exigência ao nível das escolhas do ambiente construído de forma a minimizar o
consumo energético. Quer da parte dos cidadãos (consumidores finais), quer mesmo dos que são
intervenientes na concepção das edificações (arquitectos, engenheiros, técnicos de manutenção,
políticos, etc.), há uma consciencialização de que a prática da edificação terá que ser encarada de
uma forma mais global, obedecendo não só a requisitos funcionais, estéticos e de conforto, como ao
do seu desempenho térmico, e neste caso das piscinas revela-se muito importante, o energético.
Sendo o mercado por vezes mais aberto a soluções finais, tais como equipamentos de climatização
ou tratamento de água, a eficiência energética acaba por ser associada ao desempenho de máquinas,
pelo seu “COP”. Isto quer dizer que são incorrectamente desprezadas as necessidades energéticas da
piscina (por intervenção excessivamente tardia), dando apenas importância à eficiência pontual do
equipamento complementar como é o caso das bombas de calor, colectores solares, ou aquecimento
geotérmico eleito.
Também se reflecte sob o papel dos projectistas, responsáveis pela concepção da piscina, que
deverão ser capazes de cumprir as várias exigências de forma a tornar uma piscina de lazer
energeticamente eficiente. Nesta abordagem à concepção de piscinas, interligam-se vários
conhecimentos e ciências, projectando-se ideias e soluções que se revelam inovadoras e
consubstanciam uma abordagem atempada e integrada desde o primeiro dia, porque a vida de uma
nova estrutura começa no primeiro dia, o de Ante-projecto.
Description
Dissertação de mest., Energia e Climatização de Edifícios, Instituto Superior de Engenharia, Univ. do Algarve, 2011
Keywords
Gestão de energia Edifícios ecológicos Piscinas Comportamento térmico Eficiência energética Sustentabilidade Planeamento