Name: | Description: | Size: | Format: | |
---|---|---|---|---|
90.83 MB | Adobe PDF |
Authors
Advisor(s)
Abstract(s)
A noção de sítio rural com valor patrimonial foi consagrada internacionalmente no princípio da década de sessenta através da Carta de Veneza publicada em 19641. Deste documento emanaram legislações nacionais que, dentro do espírito da carta, colocavam o enfoque na figura do monumento. Ainda assim, o conceito de monumento passou a abranger “[...] não só as criações arquitetónicas isoladamente, mas também os sítios, urbanos ou rurais, nos quais sejam patentes os testemunhos de uma civilização particular, de uma fase significativa da evolução ou do progresso, ou algum acontecimento histórico.”2
A forma de entender o património evoluiu e os bens patrimoniais em meio rural passaram a ser reconhecidos e interpretados de forma integrada com a paisagem que lhes serve de suporte e com os conhecimentos que as populações detêm. O meio rural integra simultaneamente expressões materiais e imateriais no âmbito do património cultural edificado, natural e paisagístico. Partindo do conceito de património rural e encarando-o como elemento fundamental do desenvolvimento sustentável do território, pretende-se com o presente artigo dar a conhecer uma expressão particular do património rural algarvio, associado à gestão de água em meio rural.