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Vários foram os estudos que surgiram sobre a cidade de Faro. Sobre diferentes temas e perspetivas e em diversas cronologias, uns mais específicos, outros mais abrangentes, nenhum abordou diretamente a questão da casa corrente urbana. É essencialmente sobre este tema que tratará o presente artigo. Propomonos tecer algumas considerações acerca da edificação corrente farense de finais do século XVIII, até agora pouco explorada. Os trabalhos dedicados à temática têm, em Portugal, focado sobretudo o espaço urbano medieval. No caso concreto da região algarvia os estudos incidem regra geral sobre núcleos que ainda mantém relativamente preservadas as suas características originais, o que não se verifica na cidade de Faro. No conjunto urbano atual reconhecemos o quarteirão, o lote e até a casa nobre do Antigo Regime, mas não a casa corrente. Essa perdeu-se com o tempo.
Recuperaremos o casario corrente farense a partir das descrições constantes no tombo dos bens imóveis do concelho de 1794/952. Fonte repleta de informação que o tempo e o homem apagaram, permitiu-nos, a partir de uma análise aturada dos dados recolhidos, reconstituir uma outra realidade esvanecida da cidade de Faro dos finais de setecentos.