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Liderança de equipas na resolução de problemas complexos: um guia para a inovação organizacional

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Este trabalho tem como finalidade apresentar um caminho possível para potenciar a colaboração entre a gestão e os empregados, organizados em equipas de desenvolvimento de projectos de inovação, em empresas, instituições do Estado, ou organizações de carácter não lucrativo. Os conteúdos, dirigidos às organizações em geral (embora se adopte frequentemente a designação de “empresas”) e às PME em particular, procuram aprofundar reflexões sobre as áreas envolvidas, a saber: a natureza da criatividade e da inovação; a liderança de grupos na perspectiva da facilitação; e a utilização do método Resolução Criativa de Problemas (RCP) como forma de trabalho em equipa. O livro tem como público-alvo empresários, gestores e consultores, que pretendam ir mais fundo na compreensão dos processos subjacentes à arte de conseguir canalizar o talento das pessoas em direcções rentáveis para o colectivo. Considera-se, também, uma leitura indispensável para facilitadores de grupos, independentemente do método de resolução de problemas que utilizem ser ou não o RCP. Com efeito, e como poderá ser constatado através dos sítios da internet indicados no final do livro, a actividade profissional de facilitação de equipas é uma realidade importante em muitos países, esperando nós que isso possa vir a acontecer em Portugal. Uma vez que este trabalho foi elaborado para estabelecer pontes entre a teoria e a sua aplicação na prática, evitaram-se referências bibliográficas constantes, que caracterizam um trabalho com destino fundamentalmente académico, substituindo-as por uma pequena relação de leituras sugeridas, revistas científicas e sítios da internet para consulta, para quem quiser aprofundar os conceitos expostos. Da mesma forma, não fomos buscar exemplos das grandes multinacionais de sucesso, que são normalmente apresentados na literatura e na formação, preferindo ir buscar os exemplos que temos ajudado a construir na realidade das organizações em Portugal. Os princípios e métodos são igualmente aplicáveis a qualquer tipo de inovação destinada a melhorar a qualidade de vida de indivíduos e comunidades (ex. social, aberta, ecológica), bem como à reflexão de alunos e professores universitários. Apesar da inovação organizacional ser apresentada como mais um tipo de inovação, para além das de produto e de processo (e de marketing), ela acaba sempre por introduzir novos processos e, numa fase mais avançada, novos produtos. A diferença encontra-se, assim, não no produto final do processo de inovação mas sim na forma como esse produto é obtido, isto é, através da colaboração entre a gestão e trabalhadores cuja função principal não é a investigação de produtos ou processos. A inovação organizacional tem por finalidade adicionar a investigação às tarefas normais e tornar rotina aquilo que é excepção – a contribuição de cada colaborador para além das funções que lhe estão cometidas, ou seja, institucionalizar os chamados comportamentos de cidadania organizacional e tornar a inovação uma forma de estar na empresa. Os capítulos são independentes, podendo o leitor optar por ler apenas as partes que melhor se adequam aos seus interesses. Assim, num primeiro capítulo introdutório, apresenta-se o modelo de inovação organizacional que a Apgico tem vindo a desenvolver nas organizações e que já demonstrou resultados frutuosos para as pessoas, equipas e organizações participantes. O segundo capítulo é dedicado a aprofundar o conceito de criatividade, abordada do ponto de vista do criador, do processo criativo e do produto que é criado. A inovação organizacional, enquanto prolongamento da criatividade individual e sua transformação em inovação, constitui o objecto do terceiro capítulo. Aí se demonstra como as pessoas, na diversidade de conhecimentos, talentos e estilos criativos, aos diferentes níveis organizacionais, são essenciais ao processo de transformação das ideias criativas em projectos e produtos que resultem em benefícios para a organização. O quarto capítulo proporciona aos leitores, numa abordagem prática, alguns princípios orientadores para um tipo específico de liderança ou, melhor dizendo, de facilitação de grupos, que tem em vista potenciar as capacidades e os talentos dos colaboradores numa dada organização. Este é, de certo modo, o capítulo essencial para a compreensão do sistema, pois de nada valerão os melhores métodos de resolução de problemas se a liderança for desadequada. O quinto capítulo constitui o guia do processo de Resolução Criativa de Problemas (RCP), descrevendo pormenorizadamente cada um dos passos a seguir para, a partir de um objectivo genérico, trabalhar com uma equipa até chegar a um projecto de intervenção rentável para a empresa. Aqui se incluem, também, princípios e exemplos do contrato com a administração, que inicia todo o processo, ou pré-consulta. Segue-se, finalmente, uma lista de leituras sugeridas, revistas científicas e sites da internet com artigos livres sobre métodos e técnicas de inovação organizacional, destinada, fundamentalmente, a quem deseje desenvolver o treino de facilitação de grupos na resolução de problemas complexos. O livro inclui como anexo um exemplo prático da aplicação do método RCP numa empresa do ramo da distribuição, que poderá ajudar o leitor a conduzir um processo desta natureza. A finalizar, incluem-se listas de verificação destinadas à avaliação da prática do exercício da facilitação e do próprio método. Para nós, poucas coisas podem ter maior importância, neste momento de crise, do que potenciar o funcionamento de uma organização, sob a forma de equipas multidisciplinares, dedicadas a levar a cabo projectos de inovação sobre os objectivos definidos pela gestão, pois é nessa acção e não, apenas, nos financiamentos de I&D, que pode estar uma das soluções para o desenvolvimento sustentado. Esta foi a melhor forma que encontrámos de considerar os princípios subjacentes ao Ano Internacional da Criatividade e Inovação, bem como de proporcionar às organizações um sistema que pode ajudar a potenciar os talentos dos seus empregados e gestores, na transformação da crise em fonte de oportunidades.

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Criatividade organizacional Inovação organizacional Liderança de equipas Resolução criativa de problemas Tomada de decisão

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